Há cada vez mais evidências de que os exames de sangue podem diagnosticar com precisão a doença de Alzheimer e abrir caminho para o tratamento precoce de mais pacientes.
Facilitar a detecção da doença de Alzheimer é visto como crucial agora que novos medicamentos que retardam a progressão da doença estão a chegar ao mercado.
Um exame de sangue tem vantagens sobre exames mais caros ou punções lombares mais invasivas usadas para diagnosticar a doença. Esses métodos poderiam até integrar consultas médicas de rotina aos pacientes.
Um estudar apresentado numa conferência internacional sobre Alzheimer esta semana na Filadélfia mostrou que os exames de sangue permitem que os médicos de cuidados primários detectem com precisão as características da doença de Alzheimer.
Existem pelo menos 16 projetos de exames de sangue em desenvolvimento por laboratórios, embora nenhum tenha recebido a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) ainda. O FDA é um órgão regulador dos EUA, com função semelhante à da Anvisa no Brasil.
Os cuidados primários são “o primeiro e, em muitos casos, o último ponto de entrada para estes pacientes”, disse o coautor do estudo Sebastian Palmqvist, professor associado da Universidade de Lund, na Suécia.
“Olhando para o futuro, penso que é aqui que o exame de sangue pode ter maior impacto”, acrescentou o professor.
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Os médicos do estudo usaram um exame de sangue realizado por Diagnóstico C2Nque funciona tão bem como um teste de líquido espinhal aprovado pela FDA para detectar sinais moleculares da doença de Alzheimer.
Quão eficazes são os exames de sangue na detecção da doença de Alzheimer?
- O exame de sangue avaliou o acúmulo de proteínas no cérebro que podem contribuir para a doença de Alzheimer.
- Médicos de cuidados primários e especialistas em demência usaram o teste para rastrear sinais patológicos da doença de Alzheimer com 91% de precisão, concluiu o estudo.
- O número é positivo em comparação com uma taxa de sucesso de 61% utilizando avaliações clínicas, tais como testes cognitivos em ambientes de cuidados primários, e 73% por especialistas em demência utilizando as mesmas ferramentas.
- A pesquisa abrangeu 1.213 pacientes examinados quanto a sintomas cognitivos na Suécia entre 2020 e 2024.
Embora ainda nenhum exame de sangue para Alzheimer tenha sido aprovado pela FDA, vários foram designados como “dispositivos inovadores”, dando-lhes prioridade na revisão das agências reguladoras.
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