Colisão entre galáxias pode reposicionar o Sistema Solar

agosto 13, 2024
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Colisão entre galáxias pode reposicionar o Sistema Solar


Há cerca de 100 anos, a humanidade fez uma descoberta revolucionária: a existência de outras galáxias. O responsável por isso foi o astrônomo Edwin Hubble, que, ao observar um tipo de estrela chamada variável Cefeida na galáxia de Andrômeda, conseguiu medir sua distância.

Desde esta descoberta, a astronomia avançou significativamente, permitindo aos cientistas explorar mais profundamente não só Andrómeda, mas também os estimados aproximadamente dois biliões de galáxias no Universo observável.

Um dos fatos mais intrigantes sobre Andrômeda, a galáxia mais próxima da Via Láctea, é que elas estão em rota de colisão. Segundo a NASA, esse choque deverá ocorrer em cerca de quatro bilhões de anos, quando Andrômeda, viajando a impressionantes 402.336 km/h, colidirá frontalmente com a Via Láctea.

A galáxia de Andrômeda, a vizinha mais próxima da Via Láctea, é o objeto mais distante no céu que pode ser visto a olho nu. Crédito: Tragoolchitr Jittasaiyapan – Shutterstock

Sistema Solar sobrevive à colisão de galáxias, mas muda de lugar no cosmos

Esta colisão dará origem a uma nova galáxia elíptica, formada pela mistura de estrelas de ambas as galáxias fundidas. Apesar da magnitude do evento, há boas notícias: o nosso Sistema Solar, incluindo a Terra, deverá sobreviver, ainda que em novas coordenadas no cosmos. No entanto, esta previsão é baseada em observações que continuam a ser melhoradas.

Um estudo disponibilizado no final do mês passado no servidor de pré-impressão arXivainda em fase de revisão, analisou os dados mais recentes obtidos pelos telescópios espaciais Gaia e Hubble, bem como novas estimativas das massas das galáxias do Grupo Local, que inclui Andrômeda e a Via Láctea.

Com a pesquisa, os cientistas envolvidos tentaram entender melhor como esse grupo de galáxias evoluirá nos próximos 10 bilhões de anos e identificar possíveis incertezas nessa evolução.

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O estudo destaca que a previsão de futuras fusões de galáxias depende da compreensão das atuais coordenadas, velocidades e massas das galáxias envolvidas. Além da força gravitacional, o atrito dinâmico, que transfere a energia cinética orbital para a energia interna, desempenha um papel crucial na preparação para estas fusões.

As incertezas sobre a posição e o movimento de Andrômeda e da galáxia Messier 33 (M33) sugerem que há uma chance significativa de que uma colisão com a Via Láctea não ocorra nos próximos 10 bilhões de anos. Na verdade, o estudo indica uma probabilidade de cerca de 50% de não haver fusão.

Os cientistas responsáveis ​​pelo estudo, porém, são cautelosos e destacam a necessidade de mais observações para determinar com precisão o futuro de Andrômeda e sua relação com a Via Láctea.





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