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O A23a é o maior iceberg do mundo e, de tempos em tempos, volta a chamar a atenção nos noticiários. Autoridades e pesquisadores de diversos países estão de olho no grande bloco de gelo, que começou a se mover há alguns anos.
Qual é o maior iceberg do mundo?
Com 3.885 km², hoje o A23a é o maior iceberg do mundo. Ficou preso na maior plataforma de gelo do mundo em volume, chamada Filchner Ronne, mas se rompeu em 1986. Depois de se romper, o bloco ficou preso no Mar de Wendell, na costa da Antártida Ocidental.
Em 2020, voltou a se mover, segundo o Serviço Nacional de Satélites, Dados e Informações Ambientais (NESDIS), que pertence à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos. O bloco começou a seguir para norte, levado pela correnteza.
Segundo estimativas da Agência Espacial Europeia (ESA) relatado pela BBCA23a tem massa de 950 bilhões de toneladas
O iceberg mede quase 4 mil km², mais que o dobro do tamanho do município de São Paulo.
Quando se rompeu, o iceberg era um dos maiores do mundo. Mas foi temporariamente superado pela A76, que tinha uma área de 4.325,3 km² quando se separou de Filchner-Ronne em 2021. Mas a A76 se dividiu em três fragmentos.
Recentemente, o maior iceberg do mundo caiu em uma armadilha marítima, o que o impede de seguir em direção às águas mais quentes do norte e prolonga sua existência. O fenômeno natural conhecido como Coluna de Taylor ocorre quando um riacho encontra um obstáculo, que o divide em dois riachos que giram em torno da obstrução.
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No caso da A23a, esse movimento criou uma espécie de prisão aquática, onde o maior iceberg do mundo gira em círculos continuamente. Desde abril, a A23a está estacionada ao norte das Ilhas Órcades do Sul, a nordeste da Península Antártica. Espera-se que o gigante do gelo continue a girar na região por vários anos.
A23a é perigosa?
À medida que o maior iceberg do mundo flutua, ele influencia as correntes oceânicas e o ecossistema marinho, segundo o jornal Earth.com. Seu tamanho gigantesco faz dele uma barreira flutuante e redireciona os fluxos de água. Isto tem o potencial de alterar os padrões climáticos.
O processo gradual de derretimento do A23a também libera grandes quantidades de água doce no mar, o que altera a salinidade do ambiente e pode ter efeitos na vida marinha.
A história dos blocos de gelo está ligada ao aquecimento global, e o aumento do número de icebergs que se desprendem dos blocos de gelo na Antártida intensifica as preocupações sobre a estabilidade das grandes plataformas de gelo flutuantes. Embora o derretimento da A23a tenha um impacto mínimo na subida do nível do mar, representa um problema maior para o planeta.
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