Depois de uma semana de muito frio, geadas e até neve, o Brasil será alvo de uma nova onda de forte calor, com estados atingindo temperaturas superiores a 40°C. O MetSul indica que as temperaturas atingirão marcas bem acima da média registrada nesta época do ano.
Temperaturas extremamente altas afetam todo o Brasil nesta semana
- Todas as regiões brasileiras enfrentarão altas temperaturas;
- Contudo, a onda de calor não afetará todos os estados;
- O centro da bolha de calor estará na região Centro-Oeste, especialmente entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul;
- A nova onda de calor está associada a um padrão de bloqueio atmosférico, com uma grande área de clima muito seco e quente. Nele, todos os dias, o calor e a redução da umidade se alimentam, resultando em baixa umidade do solo;
- Apesar do episódio de forte calor em pleno inverno, não é algo que surpreende os especialistas, visto que, nesta época do ano, é o auge da seca no centro do Brasil.
Conforme mencionado, o Centro-Oeste será, ao lado do Norte, a região que mais sofrerá com o calor. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em especial, terão temperaturas máximas elevadas, com a maioria dos dias apresentando temperaturas elevadas próximas e até acima de 40°C, principalmente em regiões próximas ao Pantanal.
Cuiabá (MT) será a capital mais quente do período. Nesta quarta-feira (14), a cidade registrou 38,2°C. Dados de MetSul ressaltam que todos os dias, pelo menos até 23 de agosto, terão máximas próximas ou acima de 40°C em Cuiabá, como 41°C e 42°C.
No Norte, Rondônia, Pará e parte do Amazonas, as temperaturas passarão de 35°C, chegando a 40°C e até ultrapassando essa média. Piauí e Maranhão também terão dias quentes semelhantes.
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E em São Paulo?
O Estado de São Paulo também sofrerá os efeitos da onda de calor, com vários dias de temperaturas extremamente elevadas. O interior de São Paulo, especialmente nas regiões Oeste, Norte e Centro do estado, será o que mais sofrerá. As máximas chegarão a 35°C e acima.
São Paulo (SP) verá aumento de temperatura nos próximos dias, chegando a mais de 30°C. Nesta sexta-feira (16), a máxima deve ser de 29°C, passando dos 30°C do fim de semana e, na próxima semana, deve atingir entre 31°C e 33°C.
Minas Gerais também sentirá os efeitos da onda de calor, com o Triângulo Mineiro tendo diversas tardes com temperaturas próximas e até acima de 35°C. No Rio de Janeiro acontecerá o mesmo.
Nem mesmo o Sul escapará da influência da bolha de calor, com os três estados da região sofrendo com temperaturas acima de 30°C, especialmente Santa Catarina e Paraná, que terão mais cidades com temperaturas elevadas.
As máximas mais altas serão observadas no Oeste, Noroeste e Norte do Paraná, chegando a 37 °C e 39 °C em alguns locais dessas regiões. O Rio Grande do Sul passará por instabilidade no fim de semana, que persistirá na próxima semana.
Isso acontecerá graças à formação de uma nova frente quente e à ação de áreas de baixa pressão, provocando uma sequência de alguns dias quentes, como, por exemplo, na metade sul do Rio Grande do Sul.
A região do Rio Grande do Sul que realmente deve sofrer com o calor é a Metade Norte, principalmente nas localidades do Noroeste e Norte do Estado. No Noroeste, as máximas, na primeira metade da semana, também podem atingir máximas entre 32 °C e 35 °C. Mesmo cidades localizadas em planaltos e montanhas chegarão a 30°C.
Porto Alegre (RS) ficará bem na faixa de transição de instabilidade entre o ar quente, ao Norte, e a parte mais chuvosa, ao Sul, de modo que um dia ou outro poderá atingir mais de 30°C, mas sequências altas deverão não acontecer.
Há dados que indicam muito calor na capital gaúcha no dia 21, mas, como a cidade estará à beira da instabilidade, só no curto prazo poderemos ter indicadores mais precisos.
Mais incêndios
Os dados de MetSul ressaltam ainda que o forte calor com tempo seco nos próximos dias provocará ainda mais incêndios no Centro-Oeste e Norte do Brasil, com ainda mais incêndios no Pantanal e na Amazônia, a grande maioria deles causados por humanos e de forma deliberada.
Pode haver casos mais graves, principalmente no bioma Amazônico, como no sul do Amazonas e no Pará. Portanto, agosto deve terminar com uma média de queimadas bem superior ao habitual, tanto na Amazônia quanto no Pantanal.
Por exemplo: só nesta quarta-feira (14), foram 1.476 focos de calor na Amazônia, sendo que os primeiros 14 dias do mês registraram 14.388 focos de calor no bioma. A média mensal histórica de agosto é de 26.218, o que, infelizmente, terá de ser superado, pois provavelmente serão vários dias com mil a dois mil surtos em apenas 24 horas.
Aumento das bolhas de calor
Estudos indicam que as mudanças climáticas estão aumentando a frequência de intensas bolhas de calor, sugerindo um aumento na intensidade, duração e frequência no Brasil e no mundo.
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