Esse sinal no sangue podem revelar risco de demência

agosto 29, 2024
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Esse sinal no sangue podem revelar risco de demência


Cientistas das Universidades de Exeter, na Inglaterra, e de Maastricht, na Holanda, descobriram que certas alterações químicas no DNA podem revelar informações valiosas para a compreensão do risco de desenvolver demência. Essas modificações são influenciadas tanto por fatores genéticos quanto pelo estilo de vida e podem ser detectadas no sangue.

Em termos simples, as “marcas” de alterações químicas deixadas no nosso ADN podem ajudar a prever a probabilidade de alguém ser afetado pela doença no futuro. A nova descoberta, publicada em dois artigos na revista Alzheimer’s & Dementia, abre novas possibilidades para a prevenção e tratamento da demência.

Metilação do DNA: o que é? E qual é o seu potencial?

A metilação do DNA é uma espécie de “etiqueta química” que pode ser adicionada ao nosso DNA. Essa etiqueta tem a capacidade de ativar ou desativar certos genes, influenciando o modo como eles funcionam em nosso corpo. No entanto, fatores genéticos e de estilo de vida também podem alterar o nível desta marca. Sabe-se que alguns deles aumentam o risco de desenvolver doenças como o Alzheimer.

Marcas químicas deixadas no DNA podem ajudar a compreender o risco de desenvolver demência – (Imagem: aycan balta/Shutterstock)

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Portanto, o processo tem um grande potencial para ajudar os cientistas a compreender melhor como os nossos genes e o nosso estilo de vida afetam o risco de desenvolver doenças como a demência. Ao avaliar as “marcas químicas”, poderá ser possível descobrir pistas sobre como e em que medida os factores contribuem para o desenvolvimento da doença.

Dois estudos mostram resultados promissores

  • O potencial de metilação do DNA foi investigado em dois estudos.
  • O primeiro deles, da Universidade de Exeter, descobriu que marcas químicas no DNA podem refletir níveis de proteínas presentes no líquido espinhal usado para avaliar a demência.
  • Eles analisaram esses marcadores em conjunto com 15 proteínas diferentes no líquido espinhal e identificaram alterações em genes associados a biomarcadores de demência.
  • No segundo estudo, da Universidade de Maastricht, os investigadores criaram pontuações de risco baseadas nas marcas químicas do ADN no sangue e relacionaram-nas com 14 factores de risco conhecidos para a demência.
  • Esses fatores incluem aspectos que podemos mudar, como exercícios e dieta alimentar, e outros que não podemos, como idade e doenças cardíacas.
  • Os resultados mostraram que estas pontuações podem ajudar a prever a probabilidade de declínio mental e o aparecimento de demência, mesmo nas fases iniciais.
O aparecimento da demência pode ser influenciado por vários fatores, tanto de estilo de vida quanto genéticos. – Imagem: Lightspring – Shutterstock

Expectativas emocionantes

Ambos os líderes do estudo acreditam que os resultados apontam para uma forma como um exame de sangue pode fornecer dados importantes sobre o risco de uma pessoa desenvolver demência. A ideia é continuar a aprofundar os resultados da descoberta.

Nossas descobertas abrem caminho para estudos futuros que explorarão estratégias de saúde mais personalizadas e preventivas para combater o comprometimento cognitivo.

Dr. Ehsan Pishva da Universidade de Maastricht para EurekAlert!





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