Tesla foi um dos grandes pioneiros dos carros repletos de tecnologia na indústria automobilística. Interfaces digitais, painéis multimídia e sistemas de assistência à direção fizeram brilhar os olhos dos motoristas e obrigaram outras marcas do setor a perseguir seus próprios diferenciais.
A estratégia não funcionou muito bem. Um estudo de agosto da empresa de análise de dados JD Power revelou que, embora as marcas estejam investindo nestas tecnologias, os motoristas não estão propriamente satisfeitos.
A JD Power mostrou que as montadoras estão equipando seus veículos com recursos tecnológicos de todos os tipos, desde assistência de direção até itens de entretenimento a bordo. Porém, entrevistas com cerca de 82 mil motoristas em 2024 mostraram que eles não veem utilidade nisso tudo.
A pesquisa mostrou que, na tentativa de competir com carros repletos de tecnologia, como os modelos da Tesla, a indústria automobilística ainda está aprendendo sobre o que o consumidor quer e o que não quer. Mais do que isso, o que ele acha útil.
De acordo com Kathleen Rizk, diretora sênior de benchmarking e tecnologia de experiência do usuário da JD Power, os fabricantes confiam na tecnologia para responder às necessidades dos clientes. Por outro lado, os consumidores estão descobrindo que veem pouca (ou nenhuma) utilidade em alguns dos novos recursos.
Quais tecnologias os clientes não gostam nos carros
O estudo descobriu que os motoristas não gostam das telas dos passageiros. Segundo a empresa, apenas 10% dos veículos transportam diariamente uma pessoa no banco da frente, o que torna descartável uma tela extra. Alguns dos modelos que já utilizaram essa tecnologia são os luxuosos Porsche Taycan, Lincoln Nautilus e Jeep Grand Cherokee.
Os controles por gestos baseados em deslizar ou movimentos dos dedos no ar também não agradam. Os entrevistados revelaram que consideram esses recursos problemáticos e sem funcionalidade prática.
De acordo com JD Power, controles por gestos, leitores de impressões digitais e sistemas de reconhecimento facial “tentam, sem sucesso, resolver um problema que os proprietários não sabiam que tinham”.
As pessoas também não gostam de sistemas de direção sem intervenção, nível 2 de automação. Nesse caso, os sistemas são capazes de assumir o controle em situações específicas, como aceleração e frenagem, mas não o suficiente para dirigir sozinho ou exigir atenção humana. É o caso do Super Cruise, da General Motors, ou do BlueCruise, da Ford.
Os entrevistados disseram que não consideravam essas versões práticas. Para Rizk, em entrevista ao Dentro dos EVsisso acontece porque esse tipo de sistema de assistência ao motorista, apesar de facilitar a vida, não resolve um problema claro. Afinal, os motoristas já sabem acelerar e frear sem ajuda.
Quais tecnologias os clientes gostam
Nem todas as tecnologias são ruins. Os entrevistados revelaram algumas das características que gostam ou consideram úteis nos carros:
- Segundo Rizk, os motoristas gostaram dos sistemas de assistência ao motorista (sem direção), que auxiliam na frenagem automática de emergência e nas câmeras de ponto cego;
- Isso ocorre porque esses são problemas conhecidos dos carros, que a tecnologia realmente ajuda a superar. Ainda assim, ela acredita que a aceitação de outros sistemas deverá crescer com o tempo;
- Os motoristas também gostam dos controles inteligentes de clima, que ligam ou desligam aquecedores e ar condicionado dependendo do clima. A expectativa do setor é tornar essas tecnologias ainda mais avançadas e independentes com o uso da IA.
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Com base na pesquisa, a JD Power criou um ranking de carros “cheios de tecnologia” mais aceitos pelos consumidores. Das marcas que apresentaram todos os dados necessários à pesquisa, o pódio ficou com Genesis, Lexus e BMW. Tesla e Rivian tiveram pontuações mais altas, mas não atenderam aos critérios do estudo.
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