Colágeno pode durar milhões de anos

setembro 12, 2024
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Colágeno pode durar milhões de anos


O colágeno é bem conhecido na indústria de saúde e beleza, comumente usado para melhorar a elasticidade da pele e manter uma aparência jovem. Antes mesmo de essas propriedades serem aproveitadas pelos humanos, o material era uma proteína estrutural presente nos tecidos do corpo – inclusive nos dinossauros.

Um estudo publicado este mês na revista Ciência Central ACS fez uma descoberta surpreendente a esse respeito: o colágeno permanece vivo em fósseis de seres pré-históricos, incluindo um que data de 195 milhões de anos.

Ilustração associa fórmula de colágeno a dinossauros (Imagem: ACS Central Science CC-By-4.0)

O colágeno está presente em nosso corpo

Os pesquisadores já sabiam que o colágeno está presente em nosso corpo. O que eles não sabiam era que o material poderia permanecer vivo durante milhões de anos.

Foi isso que aconteceu. A pesquisa encontrou colágeno intacto em fósseis de dinossauros, incluindo um espécime de Lufengossauro 195 milhões de anos.

Como funciona o colágeno

A surpresa acontece porque as proteínas, em temperatura ambiente, tendem a perder metade de suas ligações a cada 500 anos por ação da água (sem contar as bactérias envolvidas no processo). Ambientes secos prolongam a vida útil, mas há períodos úmidos em toda a Terra.

Então, como explicamos o colágeno nos fósseis de dinossauros? Essa foi a tentativa dos cientistas do MIT no estudo.

Eles acreditam que as interações do grupo carbonila podem ser responsáveis ​​pela conservação. O autor sênior do estudo, professor Ron Raines, explicado que, segundo os resultados, a interação com a carbonila evita que a água ataque as ligações peptídicas da proteína e as quebre, como normalmente aconteceria.

Representação da molécula de colágeno (Imagem: ACS Central Science CC-By-4.0)

Vejamos uma explicação química, de acordo com o IFL Ciência:

  • As ligações dentro do colágeno ocorrem entre moléculas de carbono e nitrogênio em aminoácidos vizinhos;
  • Com base na capacidade dessas moléculas de formar quatro ligações, o átomo de carbono se une a um átomo de oxigênio para formar um grupo carbonila, deixando um elétron livre para fazer outra ligação;
  • O que a equipe descobriu é que a ligação formada nesse processo é resistente à água, pois não permite que suas moléculas se liguem ao colágeno (e o destruam com o tempo).

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Pesquisadores testaram a proposta

Para testar essa ideia, os cientistas produziram duas proteínas com composições semelhantes ao colágeno. Um deles se chamava cis e o outro trans (dois nomes muito comuns na área da química). A proteína cis se decompõe quando exposta à água, enquanto a proteína trans resiste.

O que o estudo propõe é que os dinossauros encontrados com colágeno em fósseis devem ter sido em sua maioria trans, o que permitiu que o material sobrevivesse por tanto tempo.

Ainda segundo Raines, isso explica o motivo pelo qual os mamíferos (e dinossauros) utilizam tanto o colágeno: por suas propriedades estáveis.





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