O que dizimou a população da Ilha de Páscoa? Mistério é revelado

setembro 12, 2024
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O que dizimou a população da Ilha de Páscoa? Mistério é revelado


A ilha de Rapa Nui, também conhecida como Ilha de Páscoa, intriga historiadores há décadas. Durante anos, os pesquisadores argumentaram que os habitantes destruíram as florestas, plantas e animais ao longo dos séculos, causando o colapso total da sociedade que vivia na região. No entanto, um novo estudo descartou esta hipótese.

Colapso da cultura Rapanui é assunto de discussão

  • Localizada a mais de 3.700 quilômetros da América do Sul, a Ilha de Páscoa é um dos lugares mais remotos do mundo.
  • Os primeiros humanos chegaram ao local por volta de 1000 DC, provavelmente vindos da Polinésia.
  • Famosa por seus moai, estátuas gigantes de pedra, Rapa Nui também era conhecida pelo desmatamento de palmeiras e pela superexploração de recursos.
  • A pequena ilha tem apenas 164 quilómetros quadrados e solo pobre e recursos limitados de água doce, por exemplo.
  • Esses fatores sempre foram apontados como responsáveis ​​pelo colapso da cultura Rapanui.
Ilha é um dos lugares mais remotos do planeta (Imagem: Focus Fusion/Shutterstock)

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Análise de restos mortais revelou segredos do passado

O novo estudo, publicado na revista Naturezasalienta que o antigo povo de Rapa Nui não estava completamente isolado na sua ilha. Além disso, não teriam eliminado todos os recursos da região.

Em vez disso, dados genéticos antigos sugerem que a ilha já foi o lar de uma pequena população de entre 1.500 e 3.000 indivíduos, que se cruzaram com populações que tinham ascendência polinésia e nativa americana muito antes de os europeus chegarem a qualquer região.

A análise genética indica que a civilização de Rapanui estava crescendo até a década de 1860, quando os ataques de escravos peruanos e as subsequentes epidemias trazidas pela atividade colonial europeia dizimaram a população da ilha para cerca de 110 indivíduos.

Pesquisadores já haviam analisado o solo da região em busca de respostas (Imagem: Science Advances)

As conclusões baseiam-se na análise dos restos mortais de 15 indivíduos antigos de Rapa Nui, cujos ossos e dentes foram desenterrados pelos europeus da ilha nos séculos XIX e XX e levados para vários museus em Paris, França.

Todos esses habitantes antigos tinham cerca de 90% de ascendência semelhante à da Polinésia. Seus genes também carregavam cerca de 10% de “mistura” de nativos americanos, um evento de cruzamento que provavelmente ocorreu entre 1250 e 1430. Assim, os pesquisadores concluíram que não havia ancestralidade europeia na antiga Rapanui.

Hoje, as populações Rapanui e Polinésia também carregam um componente indígena americano, que estudos sugerem ter sido misturado em algum momento entre 1150 e 1495. Isso indica que os marinheiros polinésios chegaram às Américas e a Rapa Nui antes dos europeus.





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