O holograma deixou de ser coisa de cinema e ficção científica há muito tempo. Este texto aqui de Olhar Digital O ano de 2019, por exemplo, tratou de diversos experimentos com essa tecnologia. Talvez o mais impressionante pelo pioneirismo tenha sido a projeção do rapper Tupac, falecido em 1996, no palco do festival Coachella em 2012.
12 anos se passaram desde esse marco e, desde então, a tecnologia evoluiu ainda mais. Ela, porém, sempre esteve ligada a esses mega shows, que contam com um grande investimento. Parecia algo para poucos, exclusivo de estrelas e do showbiz. Ou para os cientistas e engenheiros que trabalham diretamente com ela.
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Esta realidade pode mudar daqui para frente. Se antes a projeção holográfica era usada em vários programas, agora ela está ajudando pacientes com câncer. A iniciativa é do West Cancer Center, que fica em Memphis, nos Estados Unidos. A unidade firmou parceria com a empresa Proto Holograma e comecei a servir algumas pessoas desta forma há alguns meses.
Os primeiros pacientes elogiaram muito a experiência e disseram que ela é muito melhor e mais pessoal do que a telemedicina, por exemplo.
A ideia do centro médico é permitir que pessoas que moram longe dos grandes centros recebam atendimento de qualidade sem precisar percorrer longas distâncias. Por se tratar de uma tecnologia cara, ainda não é possível levar projetor até a casa desses pacientes. Eles, no entanto, podem viajar para locais mais acessíveis do que hospitais de outras cidades.
Como funcionam as consultas de holograma
- Este vídeo do próprio West Cancer Center ajuda a visualizar a experiência:
- Esta caixa de projeção tem cerca de 2,10 metros de altura.
- Ou seja, o médico que aparece dentro dele é em tamanho real.
- E ele também conversa com o paciente em tempo real, como se fosse uma videochamada.
- A diferença é que, em vez de uma pequena imagem na tela de um smartphone, o espectador basicamente interage com alguém como se estivesse realmente na sala.
- A iluminação LED dentro da caixa ajuda com sombras e reflexos para maior realismo.
- Microfones e alto-falantes estão integrados e também há câmeras alimentadas por IA no pacote.
- Só de olhar as fotos não temos a real proporção das coisas.
- Os primeiros pacientes, porém, relatam que a sensação de profundidade é impressionante; era como se estivessem na presença de médicos.
- O West Cancer Center planeja ampliar o número de projetores em operação.
- A Proto Hologram, por sua vez, não informa se buscará novas parcerias dentro da área médica.
Mais sobre Proto
A Proto foi fundada em 2019 por David Nussbaum, que usou sua experiência trabalhando em enormes hologramas para shows em arenas, estreias de filmes e desfiles de moda para produzir um holograma em uma caixa, que foi apelidada de Epic.
A ideia da empresa é colocar essa máquina em um local, seja uma universidade, uma sala de reuniões ou um hospital, e permitir que as pessoas conversem com um holograma 3D realista de alguém que pode estar a milhares de quilômetros de distância.
No ano passado, uma unidade Epic foi usada para “teletransportar” a presidente da Universidade Gallaudet, Roberta J. Cordano, para o Simpósio de Ensino e Aprendizagem Centrado no Visual. Ela foi capaz de ver e interagir com a multidão em frente à máquina de holograma em tempo real graças a uma câmera ao vivo.
A Proto também já promoveu outras experiências importantes, como a estreia da CBS na casa americana Big Brother, um tour esportivo no Sphere em Las Vegas e, agora, essa ação pioneira em parceria com o West Cancer Center.
As informações são de Novo Atlas.
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