Explosão solar violenta atinge cometa

outubro 8, 2024
por
6 minutos lidos
Explosão solar violenta atinge cometa


Conforme relatado por Olhar Digitaluma mancha solar hiperativa tem desencadeado erupções do tipo mais poderoso que existe. Na última terça-feira (1), esta região foi responsável pela segunda maior explosão solar dos últimos tempos, seguida por outra ainda mais forte (e até agora recorde) na quinta-feira (3). Foi deste mesmo ponto que ocorreu outra explosão de grande potência na tarde desta segunda-feira (7).

De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather. comA mancha solar AR3842 entrou em erupção às 16h13 (horário de Brasília), produzindo um evento de classe X2.2. O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) esteve nas proximidades do evento, como podemos ver no vídeo abaixo:

Momento da explosão solar, seguida da aproximação do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS). Crédito: SOHO

Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos;
  • Atualmente está no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Este número refere-se a ciclos que têm sido monitorados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, a estrela apresenta uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas ficam emaranhadas com as manchas solares, elas podem “estourar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas explosões são explosões massivas do Sol que lançam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em ejeções de massa coronal;
  • As erupções são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios X que liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade de o anterior;
  • A classe X, neste caso, denota flashes de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua intensidade;
  • Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso e assim por diante;
  • O material ejetado pela erupção desta segunda-feira (7) poderá atingir o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), definindo o destino do objeto.

Explosão causou apagão de rádio no continente americano

No momento da explosão, a radiação ultravioleta extrema causou um apagão de rádio de ondas curtas nas Américas, e uma EMC significativa foi lançada ao espaço. É possível que parte deste jato esteja direcionado para a Terra. A confirmação aguarda novos dados do instrumento LASCO 3 do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA).

Erupção solar classe X2.2, desencadeada no Sol em 7 de outubro de 2024. Crédito: SDO/AIA

Segundo Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digitalpresidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), se esse material atingir o cometa C/2023 A3, dois resultados são possíveis: ou o objeto é aniquilado ou fica ainda mais brilhante, ficando assim fazendo jus ao apelido de “Cometa do Século”.

Leia mais:

De acordo com o site Os Vigilantespor volta das 11h, o cometa entrou no campo de visão do LASCO C3, iniciando uma série de observações raras acessíveis a mais do que apenas astrônomos com equipamento especializado. Qualquer pessoa pode rastreá-lo através dos dados disponíveis no Site SOHO.

Sobre o “Cometa do Século”:

  • No nome, a letra “C” indica que se trata de um cometa aperiódico, ou seja, tem origem na Nuvem de Oort e pode passar pelo Sistema Solar apenas uma vez ou levar milhares de anos para retornar;
  • A designação “2023 A3” revela que foi o terceiro objeto do seu tipo descoberto na primeira quinzena de janeiro de 2023, enquanto o sufixo Tsuchinshan-ATLAS refere-se às instituições envolvidas na sua descoberta;
  • O objeto recebeu o apelido de “Cometa do Século”, considerado polêmico, pois há especialistas que não acreditam que seu brilho superará o do cometa McNaught, que passou em 2007 com magnitude de -5,5;
  • No momento, a magnitude do objeto é -0,2;
  • Lembrando que quanto mais brilhante um corpo parece, menor é sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

No sábado (12), o cometa atinge seu ponto mais próximo da Terra (chamado perigeu), quando estará a aproximadamente 70,67 milhões de quilômetros do planeta. Neste momento, é possível que atinja um brilho semelhante ao de Vênus, o corpo celeste mais luminoso do céu noturno, com exceção da Lua. Principalmente, se tiver sobrevivido ao jato da explosão e ganhado mais força. Resta-nos esperar por novas informações.





empréstimo empresa privada

consulta bpc por nome

emprestimo consignado caixa simulador

seguro cartão protegido itau valor

itaú portabilidade consignado

simular emprestimo consignado banco do brasil

empréstimo consignado menor taxa

Crédito consignado