Dentes de leões comedores de homens revelam algo incrível

outubro 12, 2024
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Dentes de leões comedores de homens revelam algo incrível


Em 1898, uma dupla de leões foi responsável por atacar e devorar pelo menos 28 humanos na região próxima ao rio Tsavo, no oeste do Quênia. Os animais ficaram conhecidos como “comedores de homens Tsavo”, mas posteriormente foram mortos a tiros.

Os restos mortais estão expostos no Field Museum of Natural History, em Chicago (EUA), e foram utilizados em estudar que analisou o DNA dos animais – e fez revelações surpreendentes.

Reconstrução dos restos mortais dos leões identificou que provavelmente eram irmãos (Imagem: Divulgação/Field Museum of Natural History in Chicago)

Leões comedores de gente se tornam uma lenda

Os leões comedores de gente se tornaram uma verdadeira lenda – tiveram até um filme dedicado a eles: “A Sombra e a Escuridão”, de 1996, estrelado por Michael Douglas e Val Kilmer. Os restos mortais da dupla ficaram expostos no museu de Chicago e foram usados ​​em pesquisas para reconstruir o passado dos animais.

Para isso, o estudo aproveitou os dentes dos leões Tsavo. Em nota, Ripan Malhi, um dos autores, destacou como os resultados informam sobre a ecologia e a dieta desses animais no passado, além de quais foram os impactos da colonização na região onde ocorreram os ataques.

A pesquisa continuará estudando restos mortais de leões em busca de mais pistas (Imagem: iStock)

Estudo reconstrói dieta de leões comedores de gente

A pesquisa extraiu amostras de pelos e pelos de cavidades nos dentes dos animais. Depois, reconstruíram o material genômico das amostras para entender melhor qual era a dieta dos leões comedores de gente (spoiler: não eram só os homens).

De acordo com o IFL Ciênciaa reconstrução não foi perfeita, mas foi suficiente para fornecer as pistas necessárias. Um deles foi, especificamente, surpreendente:

  • Como esperado, havia DNA humano nos dentes dos leões comedores de gente. Mas não foram os únicos: a reconstrução encontrou material genómico de girafas, órix, antílopes aquáticos, zebras e gnus;
  • Aí vem a surpresa: não havia gnus na região do rio Tsavo, onde morava a dupla. Na verdade, o registro mais próximo de gnus naquela época foi a mais de 80 quilômetros de onde os gatos foram mortos;
  • Segundo Alida de Flamingh, outra autora do estudo, isto sugere duas hipóteses opostas: ou os leões viajaram mais longe do que se pensava, ou os gnus habitavam a região de Tsavo naquela época.

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E agora?

Os pesquisadores ainda não finalizaram a investigação sobre os leões comedores de humanos de Tsavo. Agora, eles querem entrar em mais detalhes sobre o DNA presente nos dentes dos animais para entender suas preferências alimentares com base na idade de cada indivíduo.

A esperança é reconstruir batalhas históricas entre leões e humanos, que se tornaram verdadeiras lendas naquele período.





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