Por que o cigarro eletrônico pode matar?

outubro 21, 2024
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Por que o cigarro eletrônico pode matar?


Para substituir o cigarro convencional e transmitir a ideia de ser menos prejudicial à saúde, o cigarro eletrônico ou vape é um dos produtos mais consumidos pelos jovens. No entanto, a análise da sua composição e notícias de casos graves de utilização revelam que o vaporizador é tão perigoso para a saúde como os cigarros normais.

Não é nenhuma surpresa que no Dia Mundial sem Tabaco de 2024, a Fundação do Câncer lançou o movimento #vapeOFF. O alerta era para chamar a atenção para o uso excessivo de vaping, que aumentou 600% nas Américas nos últimos seis anos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

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Os cigarros eletrônicos podem matar você?

Composição do cigarro eletrônico

Geralmente, um cigarro eletrônico consiste em uma lâmpada LED, atomizador, bateria, sensor e cartucho de nicotina líquida. No entanto, pesquisas recentes publicadas pela revista Natureza revelou que os vapes podem conter 153 substâncias perigosas para a saúde e 225 que irritam o corpo.

Dentre essas substâncias apresentadas no estudo, vão desde aromatizantes, nicotina, até compostos como carbonilas voláteis. Os especialistas também alertam para a possibilidade de partículas e substâncias cancerígenas, muitas das quais prejudiciais aos usuários de cigarros eletrônicos.

Jovem fumando um dispositivo eletrônico de tabaco/Shutterstock/Foto Vovatol

Implicações legais dos cigarros eletrônicos

No Brasil, os cigarros eletrônicos estão proibidos desde 2009, mas isso não desanimou a população. Segundo o Ministério da Saúde, o vaping já foi experimentado por 1 milhão de brasileiros, dos quais 70% são jovens de 15 a 24 anos.

Diante dessa disseminação, a indústria do produto exerceu enorme pressão sobre a Anvisa, o que acabou reforçando ainda mais a proibição em 2024. A Agência Sanitária publicou um novo resolução que proíbe a fabricação, importação, venda, distribuição, armazenamento, transporte e publicidade de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos.

Nos Estados Unidos, o uso de cigarros eletrônicos como dispositivos para parar de fumar não recebeu aprovação da Food and Drug Administration dos EUA. Porém, a venda não é proibida desde que siga as regulamentações exigidas, dependendo de cada estado.

Danos dos cigarros eletrônicos

Os cigarros eletrónicos não só têm consequências negativas para a saúde, como também deram origem a novas doenças. Uma delas é uma doença respiratória chamada Evali (sigla para Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico ou Produto Vaping).

Pulmões danificados por peças de quebra-cabeça. Doença do trato respiratório Shutterstock
Pulmões danificados por peças de quebra-cabeça. Doença do trato respiratório Shutterstock / Photo Vitalii Vodolazskyi

Entre os malefícios mais comuns decorrentes do uso do vape estão: câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, falta de ar e cansaço excessivo. Além disso, em casos graves, o usuário do vaporizador pode morrer.

Quando os cigarros eletrônicos podem matar?

Nos últimos anos, alguns casos divulgados pela mídia aumentaram a conscientização sobre a morte em decorrência do uso de vapor. Uma das mais recentes, aconteceu com Diego Paiva dos Santos, filho do ex-jogador de futebol Serginho. O jovem faleceu no dia 7 de agosto de 2024, aos 20 anos.

O caso de Diego começou com uma bactéria que ele pegou nas aulas de jiu-jitsu. Posteriormente, a contaminação fez com que o jovem sofresse de uma infecção generalizada (septicemia).

Embora o estado de Diego fosse grave, ele evoluiu bem, apresentando boa resistência e boas funções cardíaca, renal e hepática. O único órgão que não reagiu foi o pulmão, pois ficou completamente danificado pelo uso do vape, o que levou Diego a uma embolia pulmonar e, consequentemente, à morte. A mãe do jovem alertou a mídia sobre o uso excessivo de vaporizadores, mostrando fotos entre um pulmão saudável e o de Diego.

Outro caso que também teve grande repercussão foi o do lutador britânico Sean Tobin, de 20 anos, que teve o pulmão direito retirado após uso excessivo de cigarro eletrônico. Embora não tenha perdido a vida, Sean perdeu parte de seu órgão e terá que conviver com as consequências disso.

Hoje ele ajuda a aumentar a conscientização sobre os malefícios da vaporização. Recentemente, ele usou as redes sociais para iniciar uma campanha contra o uso de vaporizadores. O lutador mostrou uma foto do pulmão colapsado e outra de pulmão normal, reforçando os malefícios que o cigarro eletrônico pode causar ao usuário.





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