Esqueleto de ‘mulher vampira’ é encontrado na Polônia

outubro 29, 2024
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Esqueleto de ‘mulher vampira’ é encontrado na Polônia


O estudo do esqueleto de uma menina de 18 anos, localizado com uma foice no pescoço e um cadeado no dedo do pé, revelou mais detalhes sobre as práticas funerárias do século XVII na Polônia rural. Segundo os pesquisadores, essas medidas foram inusitadas e indicam o medo da sociedade da época sobre um possível retorno dos mortos.

Batizada de “Zosia”, seu corpo foi encontrado junto com uma centena de outros esqueletos em uma área conhecida como “Campo dos Vampiros”.

Pesquisa sobre “Zosia”

  • Os cientistas concluíram que a forma como a mulher foi enterrada deixa claro que as pessoas tinham medo de que ela ressuscitasse.
  • Para evitar que isso acontecesse, Zosia foi imobilizada com uma foice colocada estrategicamente no pescoço, para decapitar ou ferir a jovem caso ela tentasse se levantar.
  • A aparência e possíveis características físicas da jovem reforçam a teoria de que ela era vista com desconfiança pela sua comunidade.
  • Ela tinha uma anomalia no osso esterno, condição que, na época, poderia ter sido interpretada como um sinal de “perigo” ou um mau presságio.
  • Zosia foi enterrada com um gorro de seda, o que indica sua elevada posição social.
  • A pesquisa realizada pelo arqueólogo Oscar Nilsson recriou digitalmente seu rostocom traços que sugerem olhos azuis e cabelos curtos.
  • A pesquisa é de Instituto de Arqueologia da Universidade Nicolau Copérnicoda Polônia.

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Jovem foi acusada de ser vampira

Pouco se sabe sobre as circunstâncias exatas da morte de Zosia, mas os arqueólogos acreditam que ocorreu durante o período das guerras sueco-polonesas no século XVII. Esta época foi marcada por intensos conflitos regionais e deu origem a uma desconfiança generalizada entre a população local.

Como a jovem possivelmente era estrangeira, há indícios de que ela era vista como uma ameaça ou mesmo uma “invasora indesejada”. Segundo a pesquisa, a condição física, associada à suspeita de vampirismo, pode ter servido de justificativa para o julgamento e execução da mulher há 350 anos.

A descoberta faz parte de um estudo abrangente de um cemitério que abrigava membros excluídos da sociedade polonesa da época. Entre os demais encontrados no “Campo dos Vampiros”, 30 apresentavam sinais de sepultamento cauteloso, como corpos colocados de bruços, com pedras pesadas ou moedas na boca. Um homem foi enterrado com uma criança aos pés, enquanto no local também foram encontradas uma mulher grávida e outra com sífilis avançada.

Práticas para evitar que os mortos voltassem para atormentar os vivos eram comuns na Europa Oriental, onde o medo dos vampiros e dos “mortos-vivos” era generalizado, especialmente entre os eslavos. No século XVII, a histeria coletiva se espalhou com execuções de supostos vampiristas.





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