A biotecnologia de pequena escala não é propriamente uma inovação na área da Medicina. Nós, de Olhar Digitaljá falamos sobre esse assunto mais de uma vez. Em junho, por exemplo, apresentamos o PillBot, um pequeno robô que tornará as endoscopias muito menos invasivas.
Este novo produto ainda não tem nome comercial – está em fase de testes na Universidade Tecnológica de Nanyang (Singapura). A invenção, no entanto, tem imenso potencial para tratamentos futuros. Simples e complexos.
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É normal quando vamos ao médico ele prescrever mais de um remédio para tratar alguma gripe. E cada um desses medicamentos deve ser tomado em horários específicos e em intervalos regulares. Não sei vocês, mas quase sempre esqueço e pulo uma das doses…
O pequeno robô desenvolvido por cientistas de Singapura pode resolver este problema. Isso porque é o primeiro do mundo capaz de transportar quatro substâncias diferentes ao mesmo tempo. E pode liberar cada um deles em diferentes locais do nosso corpo, como o Novo Atlas.
Como funciona esse robô?
- Segundo os cientistas, ele tem o tamanho de um grão de arroz e se move por meio de campos magnéticos;
- O pequeno robô é macio e feito de material não tóxico para o corpo humano;
- Como você pode ver nas imagens, a invenção é capaz de rolar, subir e se movimentar dentro do nosso corpo;
- E a principal diferença é a capacidade de ingerir até quatro substâncias ao mesmo tempo;
- Os robôs que existem atualmente costumam tomar apenas um remédio por vez;
- O autor do estudo é o professor e pesquisador Lum Guo Zhan;
- Ele trabalha com robôs de pequena escala há 11 anos e diz que esta nova tecnologia tem potencial para mudar a história dos procedimentos médicos invasivos;
- “Os métodos tradicionais de administração de medicamentos, como administração oral e injeções, parecerão comparativamente ineficientes quando comparados ao envio de um pequeno robô pelo corpo para entregar o medicamento exatamente onde é necessário”, disse o pesquisador;
- O professor acrescenta que os robôs poderão permanecer horas no mesmo local do corpo, liberando medicamentos com o passar do tempo;
- Algo mais seguro e confortável do que deixar um cateter ou stent dentro do nosso corpo;
- Você pode ler mais sobre o estudo em Materiais Avançados.
Para onde vai a pesquisa – e os próximos passos
Vale ressaltar que o robô ainda não passou por testes clínicos. Em outras palavras, ainda não foi testado em humanos ou animais. No laboratório, porém, a invenção demonstrou que pode navegar em várias viscosidades e líquidos que imitam o ambiente que enfrentaria no corpo humano.
O robô do tamanho de um grão de arroz conseguiu navegar por quatro regiões diferentes, em velocidades entre 0,30 mm/s e 16,5 mm/s, para liberar um medicamento específico em cada ponto. Os cientistas esperam avançar para testes em animais dentro de dois anos. Os procedimentos em humanos devem ocorrer dentro de cinco anos.
Paralelamente a isso, a equipe de pesquisa também busca desenvolver robôs leves ainda menores. A ideia é que eles se tornem tão pequenos que sejam capazes de atravessar algo chamado barreira hematoencefálica.
Essa barreira é uma estrutura que controla a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central. Segundo os pesquisadores, isso representaria um avanço no tratamento de tumores e de alguns tipos de câncer.
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