IA pode já estar controlando o Universo, diz ex-NASA

novembro 7, 2024
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IA pode já estar controlando o Universo, diz ex-NASA


Em meio a todo o debate sobre o futuro da Inteligência Artificial (IA) aqui na Terra, o astrobiólogo Steven Dick, ex-historiador da NASA, tem uma visão ousada: o Universo pode já ter sido tocado por uma forma de “pós-inteligência”. biológico”.

Para Dick, existem três possibilidades sobre a natureza do cosmos: um Universo físico, onde a vida é rara e acidental; um Universo biológico, onde a vida é comum; ou um Universo pós-biológico, onde as civilizações evoluíram para formas de IA.

Em entrevista à revista Forbesele revelou que o cenário mais plausível seria o de um Universo pós-biológico, no qual civilizações baseadas no carbono, como a nossa, teriam sido substituídas por formas avançadas de IA.

Imagem meramente ilustrativa representando o Universo – estariam espalhadas pelo cosmos formas não biológicas de inteligência? Crédito: Flávia Correia via DALL-E/Olhar Digital

O Universo é uma Matriz?

O cientista sugere que, tal como em filmes como “Matrix”, estas civilizações poderiam ter criado realidades simuladas – um reflexo do que a IA poderia alcançar. Porém, Dick alerta que isso não significa que a humanidade esteja destinada a ser superada pelas máquinas.

Embora a transição para um estado pós-biológico não esteja garantida, ele acredita que é possível, especialmente considerando a idade do Universo, que já é de 13,7 mil milhões de anos. As civilizações antigas podem ter ultrapassado os limites biológicos, atingindo um nível de desenvolvimento tecnológico muito além do que podemos imaginar.

Num Universo com milhares de milhões de anos, os seres inteligentes poderiam ter desenvolvido a IA exponencialmente, alcançando uma evolução infinita. Para Dick, a falta de sinais de vida extraterrestre pode ser explicada justamente porque procuramos formas biológicas, enquanto civilizações mais avançadas podem existir em estados pós-biológicos, fora do alcance das nossas tecnologias atuais.

Segundo o especialista, diferentemente das civilizações biológicas, as IAs avançadas seriam cumulativas. Em um estudo de 2003 publicado em Jornal Internacional de AstrobiologiaDick detalha como uma IA poderia transferir conhecimento acumulado de uma geração para outra, criando um progresso exponencial em inteligência.

Isto faria com que as civilizações pós-biológicas avançassem muito mais rapidamente do que qualquer forma de vida biológica.

Steven Dick, ex-historiador da NASA. Crédito: Reprodução Redes Sociais

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Busca por vida alienígena permanece sem resposta

Detectar sinais de inteligência extraterrestre avançada ainda é um grande desafio. Dick lembra que, apenas algumas décadas atrás, não se conheciam planetas fora do Sistema Solar e hoje já foram identificados mais de 6 mil exoplanetas. Mesmo assim, a busca por vida alienígena continua sem respostas definitivas.

A implicação de que não estamos sozinhos no cosmos seria revolucionária. Em 2013, o Fórum Económico Mundial classificou a descoberta de vida alienígena como um dos “fatores X”, problemas científicos que, se encontrados, poderiam ter consequências imprevisíveis.

Para Dick, a astrobiologia vai além da busca pela vida. Ajuda-nos a compreender a natureza do próprio Universo. A existência de um Universo físico, biológico ou pós-biológico pode alterar a nossa percepção do nosso lugar no cosmos.





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