A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) garantidoserá divulgado nesta terça-feira (12) o certificado de eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no Brasil. Assim, as Américas voltam a ser a única região do mundo livre das três doenças.
O Brasil havia perdido a certificação em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro, quando o país vivenciava baixos números de cobertura vacinal e intenso fluxo migratório de nações vizinhas, favorecendo a reintrodução da doença por aqui.
Entre 2018 e 2022, foram confirmados 39.779 casos de sarampo em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. No mesmo período, 40 crianças morreram em decorrência de complicações da infecção.
Em junho deste ano, completaram-se dois anos sem casos autóctones — aqueles transmitidos dentro do território brasileiro — de sarampo. O último paciente era do Amapá. Após esse período, todos os diagnósticos foram confirmados em pessoas que estiveram no exterior.
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Buscando recertificação
De acordo com Agência Brasilo novo certificado foi entregue ao presidente Lula pelo diretor da OPAS e diretor regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas, Jarbas Barbosa, acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
“Para atender aos critérios, o Brasil precisava demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo há pelo menos um ano, além de ter reforçado seu programa de vacinação de rotina, vigilância epidemiológica e resposta rápida aos casos importados”, explicou o governo.
A cobertura da primeira dose da tríplice viral — que protege contra sarampo, caxumba e rubéola — aumentou de 80,7% em 2022 para 88,4% em 2023 e, em 2024, até o momento, atingiu 92,3%. “A vacina é promotora de equidade. As vacinas que as crianças pobres recebem são as mesmas que as crianças ricas recebem”, disse Barbosa.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa grave causada por um vírus e transmitida pela tosse, fala, espirro ou respiração. Os principais sintomas são: manchas vermelhas pelo corpo, febre alta, tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e desconforto intenso.
Uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas que moram ao seu redor e não estão imunizadas, segundo o Ministério da Saúde. A contaminação pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.
Portanto, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a propagação e mortes pela doença. A MMR é recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos.
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