Para prever o impacto das alterações climáticas, são realizados alguns testes para determinar a força de um fenómeno. Um exemplo disso são os testes que simulam o efeito de um furacão sobre um determinado local.
A Florida International University realiza essas simulações projetando uma intensidade de vento semelhante à de um furacão em certas casas modelo. Entenda como são realizados esses testes capazes de prever a força de um furacão nas edificações.
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Como os testes são capazes de prever a força de um furacão
Testes de vento contra modelos de casas
Na Flórida, onde há alta frequência de furacões com impactos catastróficos, como o Andrew em 1992 e o Milton em 2024, prever o efeito de condições climáticas extremas é essencial para a população.
Por isso, a Florida International University (FIU) criou um laboratório para realizar testes com estruturas semelhantes às de diferentes modelos de casas para observar o quão impactantes os ventos de um furacão podem ser nas residências.
O laboratório consiste em uma parede de vento dentro do hangar de aeronaves da universidade com 12 ventiladores gigantes, que simulam a força de um furacão de grande porte, como o Milton, por exemplo, que atingiu o nível 5.
Durante os testes, esses ventos são direcionados contra casas do tamanho de um galpão, que com o impacto são arrancadas e jogadas em segundos em um campo coberto com rede.
Para que servem os testes de furacão?
Além de prever o impacto de fenômenos climáticos extremos, os testes de furacões têm como objetivo orientar melhores condições para a construção de casas, ou seja, orientar quais modelos podem resistir ou não a tais catástrofes.
Dessa forma, engenheiros do Instituto de Eventos Extremos da universidade conhecem e estudam como projetar e construir estruturas verdadeiramente capazes de resistir aos ventos de uma tempestade de categoria 5, que pode chegar a 250 km/h.
No entanto, como estas grandes tempestades climáticas se intensificaram nos últimos anos, os cientistas já estudam a possibilidade de aumentar o nível de impacto dos testes. Assim, o próximo passo seria projetar um laboratório de testes para categoria nível 6, equivalente a ventos de 300 km/h.
Como a tecnologia ajuda a prever o impacto de um furacão?
A NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) dos Estados Unidos investiu em alta tecnologia para rastrear e monitorar furacões. Uma delas é o uso de dispositivos tradicionais como “dropsondes”.
Aqueles dropsondas São pequenos sensores colocados em pára-quedas lançados de aeronaves. Portanto, após ser lançada, a tecnologia é utilizada para medir pressão e velocidade do vento. No entanto, as informações são apenas por curtos períodos.
Mas a tecnologia avança para eliminar esse problema, pois outros dispositivos, como o “streamsonde”, desenvolvido pela empresa Skyfora, não precisam de paraquedas, e permanecem mais tempo no ar, conseguindo captar um volume maior de medições.
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