Mistério sobre a origem das luas de Marte pode ter sido resolvido

novembro 21, 2024
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Mistério sobre a origem das luas de Marte pode ter sido resolvido


Um novo estudo, publicado na revista Ícaropoderia encerrar um debate de décadas sobre as origens de Fobos e Deimos, as luas de Marte.

Liderada pelo cientista Jacob Kegerreis, do Ames Research Center da NASA, a pesquisa apresenta uma explicação que combina elementos das duas principais hipóteses existentes: captura pela gravidade marciana e formação a partir de detritos ejetados do planeta após o impacto de um asteroide. maior – mais ou menos como aconteceu quando a Lua apareceu da Terra.

Representação conceitual de Fobos e Deimos, as luas de Marte. Crédito: Pavel Gabzdyl – Shutterstock

A nova abordagem propõe um cenário intermediário: um grande asteroide teria chegado tão perto de Marte que foi destruído pela gravidade, com Fobos e Deimos emergindo dos fragmentos.

Teoria mistura as duas ideias principais sobre a origem das luas de Marte

As características destas luas tornam o mistério ainda mais complexo. Por um lado, a composição destes corpos assemelha-se mais aos asteróides do que à crosta marciana, contradizendo a ideia de que sejam restos de Marte. Por outro lado, as suas órbitas quase circulares e alinhadas com o equador são atípicas para corpos capturados pela gravidade.

Simulações computacionais detalhadas indicam que uma rocha com cerca de metade da massa de Vesta (o segundo maior asteróide do Sistema Solar) seria suficiente para gerar as luas.

Inicialmente, os detritos formariam um disco semelhante aos anéis de Saturno, onde colisões contínuas moldariam as órbitas e permitiriam que se fundissem em corpos maiores. Fobos e Deimos teriam surgido desse processo, mas outras luas menores podem ter se perdido: uma teria colidido com o planeta, enquanto outra mais distante poderia ter escapado do sistema.

Simulações de computador do novo estudo mostraram como um asteróide poderia ser destruído ao passar muito perto de Marte e, eventualmente, transformar-se num anel de detritos que teria criado as luas do planeta. Crédito: Centro de Pesquisa Ames/NASA

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O estudo destaca ainda que a composição de Fobos e Deimos deverá ser mais semelhante entre si do que seria de esperar se fossem dois asteroides capturados de forma independente. Porém, num cenário alternativo, uma lua maior poderia ter colidido com Marte, gerando um novo disco de detritos que deu origem a Fobos.

A missão Martian Moons eXploration (MMX), programada pela Agência Espacial Japonesa (JAXA) para 2026, será crucial para testar estas hipóteses. A análise da composição de Fobos ajudará a confirmar se as luas realmente têm uma origem comum e se misturam materiais de asteroides e de Marte. Entretanto, a equipa de Kegerreis continua a refinar o modelo, preparando previsões detalhadas que a missão MMX poderá validar.





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