Música chiclete: por que certas canções não saem da cabeça?

novembro 25, 2024
por
6 minutos lidos
Música chiclete: por que certas canções não saem da cabeça?


Sabe aquele dia que você acorda com uma música que não sai da sua cabeça? Com sorte, aquela música chiclete vai embora em algumas horas, mas sempre tem aquele dia que vira uma semana e, quando você menos espera, você está cantarolando a letra o tempo todo.

Se você se identifica com essa cena (eu, quase todos os dias), saiba que não está sozinho.

“Algumas pessoas têm constantemente uma música presa na cabeça”, diz ao The New York Times o psicólogo Ira Hyman, especialista que estuda o fenômeno da música chiclete na Western Washington University, no estado de Washington (EUA).

Embora a ciência explique algumas das razões pelas quais algumas músicas têm maior probabilidade de virar chicletes, ainda não há uma explicação 100% certa para o fenômeno.

Os gatilhos da música chiclete

A primeira coisa a notar é: não é por acaso que música chiclete é o que normalmente ouvimos.

É mais provável que continuem a retocar mentalmente, mesmo que já tenham terminado de tocar na realidade.

Isso também vale para músicas que ouvimos continuamente. Ou você acha que é coincidência que nem todo mundo saiba quem é o cantor Ricky Astley, mas todo mundo conhece sua música?

Uma dica:

Se você não entendeu o meme que deu origem à música “Never Gonna Give You Up”, do Astley, super famosa nos anos 2000, você pode entender um pouco melhor no último tópico desta matéria do Olhar Digital.

Esses são os primeiros pontos observados por Callula Killingly, pesquisadora de pós-doutorado que estuda música chiclete na Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália.

Segundo Killingly, esse gatilho também pode ser acionado quando uma pessoa passa por uma situação que lembra a música.

Por exemplo: você pode comer macarrão tagliarini – o mesmo que você comeu antes de ir ao show da Taylor Swifty. E provar o macarrão é o gatilho necessário para fazer você cantarolar “Shake It Off”.

O fenômeno da música chiclete também pode acontecer ao ouvir uma palavra-chave ou som semelhante ao de uma música conhecida: é como se houvesse um gatilho que é acionado assim que o cérebro reconhece a semelhança.

Infelizmente, segundo o psicólogo Ira Hyman, “é difícil saber o que desencadeou a música chiclete”.

Música Bubblegum: o que a ciência diz sobre isso?

Cientificamente, porém, existem alguns padrões que podem ser encontrados na música chiclete.

Um deles é o ritmo: músicas com andamentos mais rápidos – ou notas mais longas e sustentadas, como “I Will Always Love You” de Whitney Houston – têm maior probabilidade de ficar na nossa cabeça por um tempo.

No entanto, Hyman afirma que a música chiclete tende a aparecer apenas quando é executada em conjunto com certas atividades.

A psicóloga realizou um estudo com um pequeno grupo de 16 estudantes de graduação.

Nele, os voluntários deveriam ouvir uma determinada música conhecida e, no dia seguinte, foram questionados se a música havia voltado à sua cabeça e, em caso afirmativo, em que circunstâncias.

As músicas com maior probabilidade de ressurgir apareceram junto com tarefas nas quais os alunos estavam mais livres para passear.

Crédito: Rick Astley/reprodução/YouTube

Ou seja, nos momentos em que estavam, por exemplo, caminhando, tomando banho ou lavando louça – basicamente durante atividades mecânicas que não exigem tanta atenção para serem realizadas.

Ironicamente, tarefas mais difíceis também provocam o mesmo “gatilho”. Isto é, se o aluno estava realizando trabalhos escolares muito difíceis, por exemplo.

Atividades difíceis também podem resultar em uma “mente divagante” porque essas tarefas às vezes são “chatas” e acabamos nos distraindo – e é nesse momento de “escapar a atenção” que a mente consegue captar uma canção de chiclete.

Quer outra ironia? Se você quiser se livrar da música chiclete, uma possibilidade é… mascar chiclete.

É o que afirma um estudo realizado com 18 estudantes de graduação e publicado em 2015.

Neste estudo, os pesquisadores pediram a voluntários que ouvissem uma música e depois tentassem não pensar nela por três minutos.

Metade dos participantes recebeu um chiclete para ser “mastigado vigorosamente” durante os três minutos, enquanto a outra metade não recebeu nada.

Adivinhe qual metade teve mais sucesso em não ter a música presa na cabeça? Sim, os participantes que mascaram chiclete.

Mas vale ressaltar que isso não é uma regra, ou seja, você pode mascar chiclete e a música ainda vai tocar na sua cabeça de qualquer maneira.

No final das contas, por que as músicas chiclete não saem da nossa cabeça ainda é um mistério.

Mas, se você não gosta do que está tocando mentalmente no seu cérebro, uma alternativa é sempre trocar uma música por outra:

“Toque músicas diferentes”, disse Hyman ao NYT. “Escolha um com o qual você não se importa [que fique na sua cabeça].”





empréstimo empresa privada

consulta bpc por nome

emprestimo consignado caixa simulador

seguro cartão protegido itau valor

itaú portabilidade consignado

simular emprestimo consignado banco do brasil

empréstimo consignado menor taxa

Crédito consignado