A série “Power Rangers” fez grande sucesso entre crianças de todo o mundo, graças ao seu formato dinâmico, com jovens heróis, cenas de ação emocionantes e a famosa transformação “morphing”.
Cada Ranger tinha uma identidade única, o que permitia que as crianças se sentissem conectadas a um ou mais personagens. Os temas amizade, trabalho em equipe e superação foram bem recebidos.
Se você se lembra da época ou ouviu falar, provavelmente foi assim e até agora não houve polêmica. Mas “Power Rangers” estreou em momentos diferentes ao redor do mundo e teve uma recepção mista, tanto positiva quanto negativa, dependendo do local e da perspectiva.
A estreia mundial ocorreu oficialmente em 1993. A primeira temporada, “Mighty Morphin Power Rangers” estreou nos Estados Unidos em 28 de agosto de 1993.
O formato de série foi uma adaptação do japonês “Super Sentai”, mas com cenas originais filmadas nos EUA, o que criou uma mistura de ação e cultura pop ocidental com elementos tradicionais das séries tokusatsu (programas japoneses com efeitos especiais e batalhas de monstros ). ).
A primeira temporada de Power Rangers estreou no Brasil em 17 de outubro de 1994 no canal pago FOX. Um ano depois, a série começou a ser exibida em TV aberta na Rede Globo. O sucesso foi tão grande que a série ganhou diversos horários e reprises ao longo dos anos. Posteriormente, a Globo continuou a exibir outras temporadas.
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Por que os Power Rangers foram banidos no Canadá e na Nova Zelândia?
“Power Rangers” enfrentou alguma controvérsia em países como Canadá e Nova Zelândia devido a preocupações com o seu conteúdo, especialmente na década de 1990. No Canadá, a série foi criticada por seu conteúdo considerado violento, mesmo sendo direcionado ao público infantil.
As constantes brigas e explosões, embora estilizadas e sem consequências realistas, levaram pais e educadores a argumentar que o programa incentivava comportamentos agressivos.
A série foi proibida em partes do Canadá logo após sua estreia, em 1993. O principal motivo foi justamente a preocupação com a violência mostrada no programa, que era visto como inadequado para crianças pequenas.
Esta decisão ocorreu especialmente em algumas províncias, como Quebec, onde os reguladores da mídia restringiram a sua transmissão em emissoras públicas. A proibição não era nacional nem permanente e, em outras regiões do país, o programa ainda podia ser assistido em canais por assinatura ou via cabo.
Na Nova Zelândia, “Power Rangers” foi oficialmente banido da televisão pública devido a preocupações sobre os efeitos negativos que a violência simulada poderia ter sobre as crianças. Embora o programa tenha sido filmado na Nova Zelândia na era “Power Rangers Ninja Storm” (2003), a percepção cultural sobre o impacto da violência sobre as crianças foi um fator importante na censura.
Com o passar do tempo, especialmente na década de 2000, muitas dessas proibições foram flexibilizadas ou revisadas, à medida que o tom da série tornou-se menos violento e mais cômico ou educativo em algumas temporadas. Além disso, o programa permaneceu popular graças à distribuição internacional e ao acesso por meio de DVDs e plataformas de streaming.
Como é a situação atual?
Hoje, “Power Rangers” não enfrenta mais restrições significativas no Canadá. A série é amplamente acessível por meio de plataformas de streaming como Netflix e YouTube, além de canais a cabo que transmitem conteúdo infantil.
A polêmica inicial sobre a violência diminuiu com o tempo, à medida que o público se acostumou com o estilo da série e o conteúdo passou a ser percebido como mais leve e adequado para crianças.
A franquia também evoluiu, incluindo mensagens positivas como trabalho em equipe, coragem e diversidade, o que ajudou a melhorar sua reputação. No Canadá, é considerada uma série nostálgica e ainda conta com uma sólida base de fãs, tanto entre crianças quanto entre adultos que cresceram assistindo.
Na Nova Zelândia, a situação atual também é muito diferente do passado e a série já não enfrenta restrições significativas. A proibição inicial na década de 1990, devido a preocupações com a violência e o seu impacto nas crianças, foi levantada há muito tempo.
Desde que a franquia começou a ser filmada no país, “Power Rangers” ganhou maior aceitação, principalmente por empregar muitos neozelandeses no elenco e na equipe de produção. Isso trouxe benefícios econômicos e ajudou a melhorar a percepção da série no país.
Hoje, “Power Rangers” pode ser assistido em plataformas de streaming como Netflix e está disponível para fãs de todas as idades. Além disso, os neozelandeses têm um vínculo especial com a franquia, já que muitas cenas incluem paisagens locais.
Embora as preocupações iniciais fossem válidas em seu contexto, “Power Rangers” é agora uma parte bem estabelecida da cultura pop na Nova Zelândia.
A série gerou uma franquia de brinquedos, filmes e produtos licenciados, que se tornou extremamente popular, principalmente na década de 90. No Brasil, os brinquedos “Power Rangers” eram muito procurados. Fãs de longa data, tanto no Brasil quanto nos EUA, mantêm uma forte base de apoio até hoje, principalmente em convenções e eventos dedicados à série.
Mas as críticas foram além de países como Canadá e Nova Zelândia. Tanto nos EUA quanto no Brasil, por exemplo, “Power Rangers” foi criticado por sua violência, com brigas constantes e batalhas intensas entre os Rangers e os vilões. Isto levou a discussões sobre a adequação do programa para crianças pequenas. Alguns pais e educadores estavam preocupados com a influência negativa que o conteúdo poderia ter no comportamento das crianças.
Embora fosse uma série de ação divertida, muitos críticos consideraram o enredo superficial e a qualidade da produção (especialmente nas primeiras temporadas) inferior a outras séries da época. Algumas pessoas viam “Power Rangers” principalmente como uma série voltada para a venda de brinquedos, o que prejudicava a percepção do programa como algo mais “artístico” ou significativo.
Alguns canais e programas de TV começaram a limitar a exibição de “Power Rangers” após o início dos anos 2000 devido a essas críticas, mas logo a série continuou a ser transmitida em canais pagos e outras plataformas.
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