Anti-auroras formam letra “E” no céu do Alasca – entenda

dezembro 10, 2024
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Anti-auroras formam letra “E” no céu do Alasca – entenda


No final do mês passado, um fenômeno extremamente raro foi visto no céu do Alasca. As chamadas “anti-auroras” criaram uma formação luminosa peculiar em forma de “E” sobre uma área não especificada do maior e menos populoso estado da América Centro-Sul.

O caçador de Auroras, Todd Salat, registrou o evento na madrugada do dia 22 de novembro, por volta das 4h (horário local). Na legenda da imagem enviada à plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather. comele conta que a figura iluminada apareceu de repente, com estranhas manchas escuras, características das anti-auroras, e desapareceu rapidamente, moldando-se em diferentes formas.

Anti-aurora fotografada no céu do Alasca em 22 de novembro de 2024. Crédito: Todd Salat via Spaceweather

Sobre anti-auroras:

  • Também conhecidas como auroras negras, as anti-auroras são o oposto das tradicionais;
  • Criam manchas escuras em áreas onde as partículas de alta energia do Sol não emitem luz;
  • Este fenômeno ocorre quando partículas solares carregadas interagem com o campo magnético da Terra;
  • Em vez de liberar luz, eles “sugam” elétrons da ionosfera, resultando em áreas escuras no céu;
  • Estas regiões sombreadas formam “anéis” ou “bolhas”, pontuando as auroras normais e criando um contraste impressionante.

As auroras tradicionais acontecem quando os elétrons solares entram na magnetosfera da Terra e aquecem as moléculas de gás na alta atmosfera, liberando luz visível. O resultado é o clássico espetáculo luminoso, cujas cores variam de acordo com o tipo de gás excitado.

Este processo ocorre principalmente perto dos pólos, onde o campo magnético da Terra é mais fraco, permitindo que as partículas solares interajam mais facilmente com a atmosfera.

Evento atmosférico raro forma um “E” no céu acima do centro-sul do Alasca. Crédito: Todd Salat via Spaceweather

Leia mais:

Anti-auroras se manifestam em cavidades ionosféricas

Essas manchas escuras foram identificadas pela primeira vez na década de 1990. Estudos posteriores, como os realizados por Missão de agrupamentoda Agência Espacial Europeia (ESA), ajudou a compreender o mecanismo por detrás do fenómeno.

Os pesquisadores descobriram que as auroras negras se formam quando as auroras tradicionais esgotam o plasma da ionosfera, criando “cavidades ionosféricas”. Este fenômeno ocorre quando a magnetosfera da Terra é alterada pela tensão causada pelas tempestades solares.

As condições necessárias para a formação de anti-auroras são específicas, o que torna estes eventos bastante raros. Eles são observados tanto no sul quanto no norte do globo, mas geralmente por apenas 10 a 20 minutos.





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