Astrônomos propõem nova forma para buscar sinais de civilizações alienígenas avançadas

dezembro 15, 2024
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Astrônomos propõem nova forma para buscar sinais de civilizações alienígenas avançadas


Um estudo recente publicado em O Jornal Astrofísico sugere um método inovador para detectar sinais de civilizações alienígenas avançadas, analisando assinaturas tecnológicas no vapor d’água de exoplanetas.

Liderado por David Catling, da Universidade de Washington, o estudo propõe o uso da espectroscopia infravermelha para identificar variações na relação entre deutério e hidrogênio (D/H), o que poderia indicar o uso da fusão nuclear por civilizações extraterrestres.

Em outras palavras, quando os cientistas observam a atmosfera de planetas distantes no espaço, eles podem saber do que ela é feita ou mesmo o que está acontecendo ali. Nesse caso, esses especialistas procuram um ingrediente especial (deutério), pois se encontrarem uma quantidade diferente da esperada, pode significar que alguém – se preferir, uma civilização alienígena – está utilizando ali energia avançada.

Na imagem, vista da torre de resfriamento de uma usina nuclear em Wuhan, na China. Imagem: Criadores Wirestock / Shutterstock
  1. Nova abordagem com espectroscopia: O estudo propõe analisar o vapor d’água de exoplanetas para identificar assinaturas tecnológicas relacionadas ao uso do deutério como fonte de energia.
  2. O papel do deutério na fusão nuclear: O deutério é um isótopo de hidrogênio mais reativo e eficiente para a fusão nuclear em comparação ao processo que ocorre no Sol.
  3. Assinaturas de tecnologia duradouras: Se uma civilização avançada usasse deutério em larga escala, isso reduziria as anomalias na relação D/H, deixando um registro detectável mesmo depois de milhões de anos.

Deutério como indicador de civilizações avançadas

O método descrito no estudo baseia-se na ideia de que o uso do deutério para a fusão nuclear deixaria marcas inconfundíveis em um planeta com oceanos. A fusão do deutério, que é mais eficiente que a fusão convencional do hidrogênio, não requer temperaturas tão altas quanto as do núcleo do Sol. Isto tornaria esta tecnologia altamente atraente para civilizações avançadas.

Oceano
Usar deutério para fusão nuclear deixaria marcas inconfundíveis em um planeta com oceanos. Imagem: Satit Sewtiw/Shutterstock

Na Terra, a relação D/H é cerca de dez vezes maior que a média da Via Láctea. Detectar uma redução significativa deste índice em um exoplaneta seria uma evidência difícil de explicar por processos naturais, sugerindo atividade tecnológica.

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Impactos de longo prazo e potencial de descoberta

Mesmo que uma civilização alienígena deixe de existir, as suas atividades tecnológicas poderão continuar a ser detectáveis ​​através da espectroscopia da sua atmosfera, conforme explica a revista Forbes.

O estudo argumenta que, embora a energia de fusão nuclear permaneça inexplorada em grande escala na Terra, civilizações tecnologicamente avançadas já poderiam utilizá-la para satisfazer a crescente procura de energia, automação e robótica.

Esta abordagem poderá mudar o foco da observação em futuras missões espaciais, trazendo novos insights sobre a possibilidade de vida inteligente no Universo.





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