Pesquisas de antimatéria podem ser caminho para motor espacial

dezembro 18, 2024
por
6 minutos lidos
Pesquisas de antimatéria podem ser caminho para motor espacial


Durante décadas, os cientistas têm procurado formas mais rápidas e eficientes de explorar o espaço, superando as limitações dos métodos de propulsão tradicionais.

Embora os foguetes atuais ofereçam força bruta, eles são extremamente ineficiente. Alternativas, como a propulsão elétrica ou a navegação solar, embora eficientes, falta de poder significativo para viagens interestelares.

Como você pontua Alerta científicouma solução teórica para este dilema reside numa das substâncias mais raras do Universo: a antimatéria. Pesquisadores da Universidade dos Emirados Árabes Unidos, Sawsan Ammar Omira e Abdel Hamid I. Mourad, apresentaram um novo estudo sobre o potencial da antimatéria como fonte de propulsão espacialdestacando os desafios técnicos e energéticos que ainda precisam ser superados.

No CERN, o Desacelerador Antipróton gera cerca de dez nanogramas de antiprótons por ano (Imagem: KI Photography/Shutterstock)

O que torna a antimatéria tão especial?

  • Desde que foi descoberto em 1932 pelo físico Carlos David Anderson, ciência fascinada pela antimatéria;
  • Sua propriedade mais marcante é a auto-aniquilação quando entra em contato com matéria comum, liberando enormes quantidades de energia;
  • Um único grama de antiprótons pode gerar 1,8 × 10¹⁴ joules de energia – 11 ordens de magnitude mais potente que o combustível de foguete convencional e até 100 vezes mais denso em energia do que os reatores de fusão nuclear ou de fissão;
  • Segundo os autores do estudo, esta quantidade de antimatéria poderia, em teoria, abastecer 23 ônibus espaciais;
  • Este nível de densidade de energia torna a antimatéria candidato promissor para sistemas de propulsão que permitiriam viagens interestelares durante a vida humana;
  • A ideia é aproveitar as partículas relativísticas e os raios gama liberados na aniquilação da antimatéria como força motriz e potencialmente como fonte de energia para o navio.

Por que ainda não usamos?

Apesar do seu extraordinário potencial, a antimatéria apresenta desafios significativos. Primeiro, seu instabilidade: qualquer contato com assunto comum leva à aniquilação instantâneaexigindo campos eletromagnéticos avançados para contê-lo.

Até agora, os cientistas conseguiram armazená-lo para apenas 16 minutos na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) em 2016 – e em quantidades microscópicas, muito aquém dos gramas necessários para a propulsão espacial.

Além disso, a produção de antimatéria requer enormes quantidades de energia. No CERN, o Desacelerador Antipróton gera cerca de dez nanogramas de antiprótons por anoa um custo de milhões de dólares. Produzir um único grama exigiria 25 milhões de kWh de energia – o suficiente para abastecer uma pequena cidade durante um ano – e custaria mais do que US$ 4 milhões (R$ 24,42 milhõesem conversão direta) apenas nos custos de energia.

Esses fatores tornam a antimatéria uma das substâncias mais caras do mundolimitando severamente a sua produção e investigação.

Leia mais:

Pesquisa em um ritmo lento, mas constante

Embora a pesquisa sobre antimatéria tenha avançado, ainda é modesta. No momento, cerca de 100 a 125 estudos sobre o tema são publicados anualmenteum aumento significativo em relação aos 25 artigos anuais registrados no início dos anos 2000. Porém, o volume é pequeno se comparado a outras áreas, como o desenvolvimento da inteligência artificial (IA), que publica milhares de estudos anualmente.

Este ritmo lento reflecte o elevado custo e a monumental infra-estrutura necessária para trabalhar com antimatéria. É provável que avanços substanciais dependam de tecnologias futuras, como os reactores de fusão nuclear, capazes de reduzir drasticamente os custos de energia e permitir a produção em escala.

Grande Colisor de Hádrons
Large Hadron Collider, na parte francesa do CERN (Imagem: Belish/Shutterstock)

Futuro da exploração interestelar

Apesar dos obstáculos, o potencial da antimatéria como fonte de propulsão mantém cientistas e entusiastas motivados. Viajar a velocidades próximas à da luz e a possibilidade de alcançar outras estrelas numa única geração humana são objetivos que continuam a orientar as pesquisas.

Embora o motor espacial definitivo ainda esteja muito distante, futuros avanços tecnológicos poderão aproximar esse sonho. Até então, a antimatéria continua a ser um marco científico que inspira o desejo humano de explorar o desconhecido.





empréstimo empresa privada

consulta bpc por nome

emprestimo consignado caixa simulador

seguro cartão protegido itau valor

itaú portabilidade consignado

simular emprestimo consignado banco do brasil

empréstimo consignado menor taxa

Crédito consignado
Simular emprestimo fgts.