açúcar ou adoçante? Veja o que diz a ciência

dezembro 30, 2024
por
8 minutos lidos
açúcar ou adoçante? Veja o que diz a ciência


O açúcar é visto como um grande vilão de uma alimentação saudável. Portanto, o adoçante surgiu como uma boa alternativa. Mas é realmente melhor? Neste conteúdo apresentamos o que a ciência diz sobre as substâncias.

Estudo recente sobre o uso de adoçantes

Está estabelecido no senso comum que os adoçantes são a melhor opção para adoçar bebidas e até alimentos, pois seriam uma opção mais saudável. No entanto, um estudo publicado em setembro de 2024 pela revista científica Natureza trouxe pela primeira vez evidências de que os adoçantes podem causar doenças metabólicas, além de serem influenciados pela microbiota intestinal.

O estudo foi realizado pelo Instituto Weizmann de Ciências, em Israel. Nele foram analisados ​​três tipos de adoçantes em ratos: aspartame, sacarina e sucralose. Assim, após 11 semanas, foi feita uma comparação com animais que alimentaram apenas glicose e, portanto, os pesquisadores perceberam que os animais que ingeriram sacarina apresentavam intolerância à glicose, ou seja, tinham maior probabilidade de desenvolver distúrbios metabólicos.

Os pesquisadores também usaram dados de um estudo clínico de nutrição realizado em cerca de 400 pessoas. O estudo identificou correlação entre o uso de adoçantes artificiais e distúrbios metabólicos, como ganho de peso e redução da eficiência na metabolização da glicose.

Leia mais:

O açúcar também pode ter vários efeitos negativos

Pesquisadores da China e dos Estados Unidos decidiram analisar diversos estudos que fornecem evidências sobre os efeitos do açúcar no corpo humano. Este amplo estudo foi publicado em abril de 2023 na revista O BMJ.

Nele foi realizada uma revisão de 73 análises, que engloba mais de 8 mil estudos. Assim, o consumo excessivo de açúcar tem sido associado a 45 possíveis problemas de saúde, como obesidade, acidente vascular cerebral, diabetes, asma, ataque cardíaco, hipertensão, cárie dentária, gota, depressão e morte precoce.

O foco principal do estudo foram os açúcares livres, ou seja, aqueles que são embalados como açúcar de mesa e também estão presentes em sucos, xaropes e outros produtos. Assim, ficaram de fora os açúcares naturais presentes em frutas, laticínios e vegetais.

Imagem: Freepik

Açúcar ou adoçante: o que é melhor?

Embora ambas as substâncias sejam prejudiciais se consumidas em excesso, o adoçante tem uma grande vantagem: é menos calórico. Outro ponto é que adoça mais. Assim, a pessoa precisa de menos adoçar a comida.

Além disso, o adoçante costuma ser o mais indicado para casos específicos. Em entrevista ao portal Terraa nutricionista Marcia Daskal, da Recomendo Assessoria em Nutrição, destacou que “se o indivíduo tem diabetes, por exemplo, pode ser estratégia do nutricionista ou do médico que o acompanha optar por adoçantes na maioria das vezes”. A recomendação foi feita porque o adoçante não necessita de insulina para sua absorção.

Ela explicou ainda que pessoas hipertensas, grávidas ou com fenilcetonúria geralmente não devem usar o adoçante. Ou seja, segundo a nutricionista, o consumo de açúcar ou adoçante depende das características e peculiaridades de cada ser humano.

Nota da ABIAD sobre adoçantes

Após pesquisas recentes destacarem alguns malefícios que os adoçantes podem trazer à saúde, a ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Conexas) divulgou nota afirmando que a substância é segura para consumo. Além disso, foi mencionado que, numa meta-análise, constatou-se que o adoçante é mais benéfico para a saúde em “pessoas que vivem com ou em risco de obesidade ou diabetes”.

Nesta nota, a ABIAD destacou que os adoçantes foram amplamente avaliados por órgãos reguladores como ANVISA, FDA e EFSA, além de terem passado por rigorosas análises de segurança conduzidas pelo JECFA (FAO/OMS), sendo considerados seguros para consumo.

Sobre outro ponto, a ABIAD afirma que, embora alguns estudos observacionais questionem os efeitos dos adoçantes na saúde, como ganho de peso e alterações metabólicas, eles não estabelecem causalidade e muitas vezes envolvem indivíduos com condições pré-existentes, como obesidade.

Por fim, a associação exemplifica que o aspartame, em particular, foi reafirmado como seguro pelo JECFA, que manteve a Ingestão Diária Aceitável (IDA) em 40 mg/kg de peso corporal/dia. Isso equivale ao consumo de até 45 a 50 latas de refrigerante zero por dia para um adulto de 60 kg, sem riscos à saúde.

Veja a nota completa abaixo:

“Esses adoçantes foram amplamente avaliados por órgãos reguladores internacionais e nacionais, como a ANVISA no Brasil, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). Todos foram submetidos a análises rigorosas, com avaliações de segurança conduzidas pelo Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO/OMS (JECFA) e são considerados seguros para a saúde.

Existem estudos independentes que questionam os efeitos dos adoçantes na saúde da população, sugerindo que podem contribuir para o ganho de peso e afetar negativamente o metabolismo. Contudo, tais estudos, em sua maioria observacionais, limitam-se a associações e não são capazes de estabelecer causalidade. Esses estudos envolvem indivíduos com condições pré-existentes, como sobrepeso e obesidade, o que pode influenciar os resultados.

A organização internacional de adoçantes, ISA (Associação Internacional de Adoçantes), destacou recentemente que os adoçantes sem ou de baixas calorias podem ajudar a reduzir a ingestão de açúcar e fazer parte de uma dieta e estilo de vida equilibrados e saudáveis. Duas revisões sistemáticas e meta-análises de ensaios clínicos aleatorizados (ECR) e estudos observacionais, ambos em humanos, indicaram potenciais benefícios cardiometabólicos quando bebidas com adoçantes sem ou de baixas calorias são utilizadas em vez de produtos açucarados por pessoas que vivem com ou em risco de obesidade ou diabetes.

No que diz respeito ao aspartame, o JECFA reafirmou a sua segurança ao rever todas as evidências disponíveis, mantendo a Ingestão Diária Aceitável (DDA) em 40 mg/kg de peso corporal/dia. Em termos práticos, o consumo de 2.400 mg de aspartame para um adulto de 60 kg seria a ingestão de 45 a 50 latas de refrigerante zero por dia. Esta recomendação baseia-se em estudos rigorosos, que não indicam riscos para a saúde quando consumidos nas quantidades indicadas.

A ABIAD reitera que os adoçantes são uma opção segura e benéfica para quem busca reduzir a ingestão de açúcar e calorias. A Associação continuará a acompanhar os avanços científicos e a colaborar com as autoridades competentes para garantir que a sociedade tenha acesso à informação de base científica, promovendo a confiança no uso seguro e consciente dos adoçantes.”

As informações deste texto são informativas e não substituem orientações dos profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.





empréstimo empresa privada

consulta bpc por nome

emprestimo consignado caixa simulador

seguro cartão protegido itau valor

itaú portabilidade consignado

simular emprestimo consignado banco do brasil

empréstimo consignado menor taxa

Crédito consignado
Simulação emprestimo fgts caixa. Empréstimo saque fgts. Simular emprestimo fgts.