Para aqueles que acreditam em astrologia, “Mercúrio retrógrado”Parece um termo bastante assustador. Pelo que dizem, esse movimento do planeta exerceria influências energéticas turbulentas sobre diferentes áreas da vida.
Contudo, não é isso que nos interessa aqui. Afinal, cientificamente: O que realmente significa que Mercúrio está retrógrado e por que isso acontece?
- De três a quatro vezes por anoMercúrio parece mover-se para trás no céu;
- Esses períodos marcam momentos em que o planeta está em movimento retrógrado aparente;
- A explicação astronômica para isso pressupõe que Os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol em diferentes distâncias e velocidades;
- À medida que a Terra circunda a estrela, podemos observar os outros planetas movendo-se no nosso céu, seguindo os seus próprios caminhos;
- Então, de vez em quando, pode parecer (do nosso ponto de vista) que um planeta mudou abruptamente de direção e começou a se mover para trás pelo céu.
De acordo com o Almanaque do Velho Fazendeiro (Old Farmer’s Almanac), uma das publicações mais tradicionais dos EUA focada em astronomia para a vida rural, Em 2025, Mercúrio estará em aparente movimento retrógrado nos períodos seguintes:
- 14 de março a 6 de abril
- 17 de julho a 10 de agosto
- 8 a 28 de novembro
Mercúrio retrógrado é uma ilusão de ótica
Isto, obviamente, é uma ilusão causada pela posição da Terra em relação ao planeta. Afinal, cada planeta em órbita sempre viaja em uma direção definida e não pode reverter repentinamente o curso. Por isso o fenômeno é chamado de movimento retrógrado aparente, pois apenas parece que o planeta está se movendo para trás, ou seja, em “movimento retrógrado”.
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Mercúrio realiza esta dinâmica mais do que outros planetas devido à sua órbita curta, o que consequentemente causa um ano muito breve de 88 dias terrestres. É por isso que, como dito anteriormente, três ou quatro vezes por ano, parece retroceder no céu, entrando num movimento “retrógrado” que dura cerca de três semanas.
Segundo o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), quando se trata de planetas com órbita externa maior que a da Terra (de Marte em diante), a designação mais apropriada é “loop” retrógrado. Isso porque, durante o percurso realizado, o planeta parece formar uma volta no céu cada vez que passa pela Terra.
“No caso dos planetas internos, são eles que ultrapassam a Terra em sua órbita”, explica Zurita. “Então, observamos esse movimento aparentemente retrógrado quando eles estão girando atrás ou na frente do Sol. Nesse caso, geralmente se forma uma parábola e não um loop.”
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