Tudo sobre China
Nesta segunda-feira (20), a China atingiu um novo marco na fusão nuclear com o reator Advanced Superconducting Experimental Tokamak (EAST), também conhecido como “Sol Artificial”.
Segundo a agência de notícias estadual Xinhuao reator conseguiu manter um plasma de fusão superquente confinado por 1.066 segundos – um feito que aproxima a fusão nuclear de uma aplicação comercial viável e mais que dobra o recorde anterior de 403 segundos, alcançado pelo próprio EAST.
Os reatores de fusão são apelidados de “sóis artificiais” porque reproduzem o processo de geração de energia do Sol: dois átomos leves se fundem em um mais pesado, liberando grande quantidade de energia. No entanto, embora o Sol tenha uma pressão natural gigantesca, os reatores da Terra precisam compensar essa diferença com temperaturas muito superiores às do núcleo solar.
A fusão nuclear é promissora como fonte de energia praticamente ilimitada, sem emissões de gases com efeito de estufa ou grandes quantidades de resíduos nucleares – e os cientistas têm trabalhado há mais de 70 anos para superar os desafios desta tecnologia. A expectativa é que a fusão possa tornar-se prática nas próximas décadas, mas o progresso ainda é lento dada a urgência da crise climática.
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Embora o marco EAST não proporcione uma solução imediata, é um passo importante. Reatores de confinamento magnético como este aquecem o plasma e o mantêm preso em uma câmara em forma de donut chamada tokamak. Para isso, são utilizados poderosos campos magnéticos que evitam que o plasma superaquecido toque nas paredes do reator. Apesar do recorde, esses dispositivos ainda não atingiram a “ignição”, ponto em que a fusão gera sua própria energia de forma autossustentável.
Segundo Song Yuntao, diretor do Instituto de Física do Plasma da Academia Chinesa de Ciências, o objetivo é alcançar uma operação estável por milhares de segundos, garantindo a circulação autossustentada do plasma necessário para futuras usinas.
O recente sucesso do EAST foi possível graças a atualizações como a duplicação da potência do sistema de aquecimento do reator. É um dos reatores de fusão mais avançados, mas ainda consome mais energia do que produz.
Um avanço importante ocorreu em 2022 nos EUA, quando um reator da National Ignition Facility obteve ignição em seu núcleo usando outro método experimental. No entanto, o reator como um todo também consumiu mais energia do que gerou.
O sucesso do EAST beneficia não apenas a China, mas outros projetos globais, como o Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER). Este reator, em construção no sul de França, reúne esforços de dezenas de países, incluindo os EUA, o Reino Unido e o Japão. Programado para entrar em operação em 2039, o ITER será o maior experimento de fusão nuclear já construído e poderá abrir caminho para aplicações comerciais.
“Esperamos expandir a colaboração internacional e tornar a energia de fusão prática para toda a humanidade”, disse Song. O novo recorde da EAST reforça o papel crucial da cooperação científica na busca de soluções energéticas sustentáveis.
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