O que acontece com os satélites depois que param de funcionar?

julho 23, 2024
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O que acontece com os satélites depois que param de funcionar?


Satélites artificiais orbitam nosso planeta há décadas. O primeiro deles foi o Sputnik 1, lançado em 1957 e pulverizado na nossa atmosfera no ano seguinte. Esse equipamento, fundamental para a ciência, ainda suscita dúvidas — e curiosidades. Uma delas diz respeito à sua vida útil, que, mais cedo ou mais tarde, chega ao fim.

O satélite russo RESURS-P1 foi declarado morto pela agência Roscosmos em 2021 e seus destroços quase chegaram à Estação Espacial Internacional neste ano (Imagem: Roscosmos/Reprodução)

Satélites diferentes têm tempos de vida diferentes

Os satélites são diferentes entre si e, naturalmente, têm vidas úteis diferentes. Existem, por exemplo, objetos com 10 centímetros de altura e outros com quase 100 metros de altura — estes pesando toneladas. Muitas vezes ainda lhes restam décadas de vida antes da “aposentadoria”, mas isso também pode variar.

Um aspecto importante que define a vida útil dos satélites é a sua proximidade com a Terra. Quanto mais longe do nosso planeta o dispositivo estiver, menos energia ele necessita para permanecer em órbita, causando menos arrasto atmosférico e preservando suas estruturas. Imagine a atmosfera como uma lixa, que é mais fina à medida que o satélite está mais longe da Terra e mais grossa à medida que se aproxima do planeta.

Satélites geoestacionários para comunicação, por exemplo, podem durar até 15 anos em operação. Satélites em órbita baixa, mais próximos da superfície da Terra, tendem a durar menos. Isso ocorre porque o arrasto atmosférico é maior e, para compensar, precisam de mais energia. A frequência de manutenção e ajustes encurta a vida útil da máquina, que normalmente dura cerca de cinco anos.

Ilustração de satélites no espaço
Espera-se que o número de satélites em órbita aumente (muito) nos próximos anos (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

O que acontece quando os satélites são retirados?

Quando a agência ou empresa espacial decide que um satélite não irá mais operar, existem alguns caminhos:

  • Uma delas é deixar os satélites desligados em órbita, o que causa um problema crescente: detritos espaciais;
  • É possível retirar satélites de órbita para resolver este problema, mas a solução é cara. Empresas como a japonesa Astroscale, a suíça ClearSpace e as americanas LeoLabs e Lockheeed Martin são algumas das que apostam neste objetivo;
  • Uma terceira alternativa é programar a reentrada do aparelho para queimar naturalmente na atmosfera terrestre;
  • Também é possível enviar satélites aposentados para a chamada “órbita cemitério”, para onde vão as máquinas não utilizadas para não poluir o espaço com detritos espaciais.
O lixo espacial é um problema crescente
Satélites não utilizados estão aumentando o lixo espacial na órbita da Terra (Imagem: Frame Stock Footage / Shutterstock)

Muitos satélites podem ser um problema, mas existem soluções

Cada empresa ou agência espacial decide o que fazer com seus satélites, pois não existe regulamentação nesse sentido.

No entanto, o elevado número de estruturas enviadas para órbita baixa, aliado ao curto tempo de vida, já está congestionando a região. Segundo a Viasat, a previsão é que, até 2030, existam 60 mil novos satélites no espaço, a maioria deles em órbita baixa. Isso aumenta o risco de colisões entre eles, o que poderia causar reentrada na Terra sem planejamento prévio.

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Algumas soluções já estão surgindo nesse sentido. Uma delas é da própria Viasat: a empresa firmou parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) para desenvolver satélites menores, mais eficientes e com mais funções para operar em órbita baixa. O objetivo é reduzir a quantidade de detritos que poderiam gerar colisões, além de reduzir o número de satélites para missões específicas.

A empresa também se uniu à Astroscale para demonstrar a retirada de satélites aposentados da órbita, evitando detritos espaciais. Na época, as empresas enviaram duas espaçonaves para órbita baixa, uma que simulava um satélite não utilizado e outra que o removia por meio de um braço robótico.





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