Qual é o lugar mais quente do Universo?

O ser humano é curioso por natureza e muitas vezes procuramos respostas para questões muito específicas, geralmente ligadas a extremos, como qual é o animal mais rápido, a pessoa mais alta, entre outras.

Junto com essa curiosidade está o nosso fascínio pelo Universo, que é tão pouco explorado, guardando diversos mistérios. Você já se perguntou como a temperatura se aplica ao espaço? E mais: qual é o lugar mais quente do cosmos?

Sabemos que a Nebulosa do Bumerangue, que tem uma temperatura em torno de -272 graus Celsius, é considerada o corpo celeste mais frio em pelo menos 1.500 anos. Veja abaixo mais informações sobre quem está do lado oposto, recebendo o título de mais quente, estando em um fluxo em constante mudança.

Qual é o lugar mais quente do Universo?

É possível que a maioria das pessoas pense no Sol como ponto de partida quando se fala de um lugar quente no Universo. A nossa estrela mais próxima e fonte de luz e calor tem uma temperatura de cerca de 15 milhões de graus Celsius no seu núcleo, onde ocorrem as reações de fusão nuclear.

Porém, na superfície, a temperatura pode ser considerada mais amena, em torno de 5.500 a 6.000 graus Celsius. Além disso, se nos afastarmos um pouco mais do nosso Sistema Solar, poderemos encontrar estrelas que são significativamente mais quentes que o Sol.

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Estrelas massivas, como as do tipo O, são capazes de atingir temperaturas superficiais de 30.000 a 50.000 graus Celsius, ultrapassando os 100 milhões de graus Celsius no seu núcleo. Como queimam o seu combustível muito mais rapidamente que o Sol, as suas vidas são mais curtas, mas também mais intensas.

Uma vez esgotado o combustível de uma destas estrelas massivas, esta pode explodir como uma supernova, um dos fenómenos mais energéticos que existem e que pode fazer com que o núcleo da estrela atinja os 3 mil milhões de graus Celsius.

Quando a explosão terminar, o núcleo da estrela pode colapsar e formar uma estrela de nêutrons, onde a temperatura da superfície é capaz de atingir 1 milhão de graus Celsius. Se a estrela original fosse muito massiva, o núcleo poderia continuar a colapsar até se tornar um buraco negro.

Chegando a esse ponto, o gás e a matéria em torno do horizonte de eventos de um buraco negro podem ser aquecidos a impressionantes dezenas de bilhões de graus Celsius.

Depois de tantos exemplos de altas temperaturas no Universo, chegamos ao ápice: os quasares. Estas estruturas são como faróis cósmicos, sendo os núcleos ativos de galáxias distantes, alimentados por buracos negros supermassivos.

Então, é justamente um desses corpos celestes que recebe hoje o título de lugar mais quente do Universo: o quasar 3C273, sendo o primeiro objeto identificado no céu como um quasar.

Localizado na constelação de Virgem, a cerca de 3 mil milhões de anos-luz de nós, a temperatura do seu disco de acreção (quando o gás e a matéria caem em direção ao buraco negro no centro de um quasar) foi medida em 10 biliões de graus Celsius!