Acúmulo de metano pode causar explosões de crateras na Sibéria

julho 29, 2024
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Acúmulo de metano pode causar explosões de crateras na Sibéria


Várias crateras já foram localizadas na Sibéria. Os cientistas sabem que estas são áreas de permafrost que aumentam à medida que fluidos, especialmente metano, se acumulam abaixo da superfície. No entanto, uma nova descoberta pode ajudar a compreender melhor os fenómenos que ocorrem na região.

Água e gás movem-se continuamente abaixo da superfície

  • Os pesquisadores descobriram que o gás natural que se move entre a rocha e o permafrost leva ao derretimento por baixo.
  • Este processo cria bolsas onde os fluidos podem se acumular, mas não estão completamente isolados do gás abaixo ou da superfície.
  • Esses espaços crescem à medida que mais gás flui para eles, levando a mais derretimento e aumento da pressão, o que faz com que o solo inche.
  • A equipe explica que existem dois sistemas diferentes.
  • Aberto, no qual o acúmulo de água e gás abaixo do permafrost se move e vaza para a superfície através de rachaduras.
  • E o sistema fechado, onde a água e o gás ficam presos numa bolsa que infla, colocando pressão crescente sobre o permafrost.
  • As informações são de Ciência Viva.
Enormes crateras são formadas pelas explosões (Imagem: Aleksandr Lutcenko/Shutterstock)

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Aumento da possibilidade de explosões na Sibéria

Os cientistas ainda não sabem exatamente como o gás se acumula para formar os montes de gelo. No entanto, descobriram agora que podem explodir e formar enormes crateras no permafrost. Yamal, que mede cerca de 20 metros de largura e 50 metros de profundidade, é um exemplo disso.

É possível que sistemas abertos possam criar a pressão necessária para uma explosão, mas isso exigiria taxas de fluxo de gás muito baixas para fora do sistema. Os sistemas fechados têm maior probabilidade de desencadear estas “erupções”, pois têm uma pressão muito maior.

Cratera Yamal, na Sibéria (Imagem: Aleksandr Lutcenko/Shutterstock)

Os investigadores afirmam que, com o aumento das temperaturas causado pelas alterações climáticas, ambos os sistemas podem apresentar um risco maior. Isso ocorre porque a superfície fica cada vez mais frágil à medida que o processo de descongelamento aumenta. A certa altura, o permafrost torna-se tão fino que já não consegue suportar a pressão das bolsas de gás abaixo, o que pode provocar explosões.

Segundo a equipa, o aumento destas súbitas erupções de gás representa um sério risco para as pessoas que vivem nas penínsulas de Yamal e Gydan, e também para as infra-estruturas aí existentes, como os gasodutos. Outra grande preocupação é que cada vez mais metano acabe vazando para a superfície, aumentando a temperatura do planeta.





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