Múmia da “Mulher Gritando” tem mistério parcialmente revelado

agosto 2, 2024
por
5 minutos lidos
Múmia da “Mulher Gritando” tem mistério parcialmente revelado


Matéria publicada nesta quinta-feira (1) na revista Fronteiras na Medicina traz uma nova interpretação de uma múmia egípcia de 3.500 anos conhecida como “A Mulher que Grita”. Ao contrário da crença popular, a expressão de terror no seu rosto não é o resultado de um embalsamamento mal feito. Os autores do novo estudo sugerem que a careta angustiante reflete a expressão que ela usava no momento da sua morte.

Descoberta em 1935, a múmia foi encontrada num túmulo originalmente destinado a um arquiteto real chamado Senmut, em Deir El-Bahari, perto de Luxor. Estima-se que a mulher tenha sido enterrada no século 15 aC. Ela usa uma peruca preta e está com a boca bem aberta, criando uma aparência assustadora.

A múmia da “Mulher Gritando”. Crédito: Sahar Saleem

Segundo o estudo, múmias com a boca aberta são extremamente raras, já que os embalsamadores egípcios costumavam amarrar a mandíbula ao crânio. Entre as poucas múmias conhecidas com expressões semelhantes, uma teria sido privada de rituais pós-morte adequados após ser executada por conspirar contra Ramsés III, e outra foi interpretada como resultado de rigor mortis.

Por estas razões, o aparecimento da Mulher Gritante foi tradicionalmente atribuído a más práticas de mumificação, especialmente porque o seu cérebro, coração, fígado e outros órgãos não foram removidos, como era comum no processo de embalsamamento. No entanto, a nova pesquisa, que utilizou técnicas de imagem e análises químicas, contesta esta teoria.

Os pesquisadores usaram espectroscopia infravermelha por transformada de Fourier (FTIR) para examinar o corpo e descobriram que a múmia foi embalsamada com materiais caros importados, como zimbro e olíbano, de lugares tão distantes quanto o Mediterrâneo, a África Oriental ou a Arábia do Sul. “Demonstrámos que ela foi embalsamada com materiais valiosos, o que contradiz a crença de que a não remoção dos seus órgãos internos indicava um embalsamamento de baixa qualidade”, disse o autor do estudo, Sahar Saleem, num comunicado. declaração.

A múmia passando por tomografia computadorizada. Crédito: Sahar Saleem

Consulte Mais informação:

A expressão aterrorizante da múmia se deve ao espasmo cadavérico

Análises posteriores revelaram que a mulher tinha 1,54 m de altura e morreu aos 48 anos. Sua identidade permanece desconhecida, mas o fato de suas mãos estarem posicionadas na virilha sugere que ela não tinha sangue real. Os exames também mostraram que ela sofria de uma leve artrite na coluna e havia perdido alguns dentes, possivelmente extraídos por um dentista da época. “A odontologia surgiu no antigo Egito, sendo Hesy Re o primeiro dentista registrado no mundo”, explicou Saleem.

Para devolver uma aparência mais jovem, seus cabelos foram tingidos com hena e zimbro, e sua peruca, feita com fibras de tamareira, foi tratada com cristais de quartzo, magnetita e albita, conferindo-lhe brilho negro.

Quanto à expressão aterrorizante da múmia, os pesquisadores levantam a hipótese de que pode ter sido causada por um “espasmo cadavérico”, que ocorre em mortes traumáticas ou violentas, congelando a expressão de dor no rosto da pessoa. “A expressão facial da múmia pode ser um sinal de que a mulher morreu gritando de agonia ou dor”, concluiu Saleem. Porém, como a causa da morte não foi identificada, o motivo exato da expressão permanece um mistério – que, muito provavelmente, nunca será resolvido.





empréstimo empresa privada

consulta bpc por nome

emprestimo consignado caixa simulador

seguro cartão protegido itau valor

itaú portabilidade consignado

simular emprestimo consignado banco do brasil

empréstimo consignado menor taxa

Crédito consignado