A transição para energia limpa apresenta dificuldades diferentes para cada setor. A indústria, por exemplo, necessita de geração constante de energia e nem sempre pode depender de fontes eólicas ou solares. A Universidade de Stanford (Inglaterra) pensou em uma solução viável e sustentável: tijolos especiais que armazenam calor e energia.
A ideia é utilizá-lo para fornecer energia a processos industriais sem a necessidade de energia extra – e ainda economizar dinheiro.
Tijolos especiais podem “limpar” indústrias
A ideia faz parte de um novo estudo de Stanford e é simples: tijolos refratários. Essa ideia não é exatamente nova, pois o material é utilizado na construção há séculos. A novidade é a aplicação na indústria. Como isso explica Novo Atlas, os processos industriais requerem temperaturas muito elevadas, obtidas principalmente com carvão, petróleo e gás fóssil. Basicamente, fontes poluentes.
Com a pressão pela transição energética, a indústria também precisa encontrar uma forma de gerar energia sustentável. O artigo da universidade propõe a utilização de tijolos refratários que armazenam energia e reduzem perdas quando convertidos para uso.
Material armazena energia e calor para processos industriais
- Os tijolos refratários propostos podem suportar e armazenar calor a temperaturas muito elevadas;
- Além disso, possuem baixa condutividade térmica, o que permite a obtenção de calor de forma lenta e com baixas perdas;
- Na construção, esses tijolos são circundados por outro tipo de tijolo refratário, mais isolante, e depois por aço. Isto ajuda a reduzir a perda de calor;
- O calor obtido pode ser extraído dos tijolos sob demanda, evitando a necessidade de bateria ou dispositivo de armazenamento extra.
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Estudo examinou aplicação de tijolos na indústria
O estudo da Universidade de Stanford analisou o impacto do uso de tijolos refratários para armazenar calor de processos industriais em 149 países. As nações escolhidas esperam completar a transição renovável para fontes 100% limpas até 2050, mas, por enquanto, são responsáveis por 99,75% das emissões de carbono a nível mundial.
Os pesquisadores usaram modelos computacionais para analisar emissões, custos e impactos à saúde em dois cenários: um em que os tijolos fornecem 90% do calor para os processos industriais e outro, sem tijolos refratários.
A comparação entre os dois cenários constatou que os tijolos refratários reduziram os custos em US$ 1,27 trilhão, aproximadamente R$ 7,2 trilhões. Além disso, o material reduziu a necessidade de utilização de baterias em 14,5%, a produção de hidrogénio para geração de energia em 27,3%, a necessidade de espaço terrestre em 0,4% e o custo total de energia num ano em cerca de 1,8%.
O principal autor do estudo, Mark Jacobson, explicou a vantagem:
A diferença entre o armazenamento de tijolos refratários e o armazenamento de baterias é que os tijolos refratários armazenam calor em vez de eletricidade e custam um décimo do preço das baterias. Os materiais também são muito mais simples. Eles são basicamente apenas componentes da sujeira.
Mark Jacobson, principal autor do estudo, em entrevista ao Novo Atlas
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