Há quase uma década, no Acordo de Paris, os países comprometeram-se a limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Uma das principais alternativas para isso foi a adoção de diferentes formas de energia limpa.
Mais de 10 anos depois, esta alternativa pode enfrentar um desafio importante. Um estudo publicado na revista Energia e Ciência Ambiental revelou que o aumento da demanda por materiais poderia desacelerar a evolução da energia limpa.
Avaliações de energia limpa são muito otimistas
Os resultados obtidos desde o Acordo de Paris são medidos através dos chamados “modelos de avaliação integrada”. São modelos matemáticos que simulam cenários futuros e suas consequências devido às mudanças climáticas.
Estes modelos prevêem um aumento significativo na implantação de energia limpa. Mas eles podem estar sendo otimistas demais.
Um estudo realizado pelas Universidades Rovira i Virgili, em Espanha, e Imperial College London, em Inglaterra, questionou a viabilidade destes objetivos serem verdadeiramente alcançáveis no que diz respeito às energias renováveis.
Isso porque, segundo o trabalho, os modelos atuais não levam em conta a quantidade de material necessária para fabricar tecnologias que possibilitem energia limpa, como painéis solares, turbinas eólicas e baterias.
Demanda por energia limpa significa demanda por materiais
O trabalho foi específico no que significa o aumento da demanda por energia limpa: aumento da demanda por materiais. Por exemplo, o selênio e o gálio, dois materiais que compõem o equipamento, terão sua demanda aumentada em 571 e 531 vezes, especificamente, nos próximos 30 anos.
Isso exige um aumento na mineração desses materiais, realidade que, segundo o estudo, é pouco provável.
Para fazer isso, a pesquisa analisou 36 materiais diferentes e descobriu que a demanda pela maioria deles excederia a produção atual antes de 2050. Telúrio, índio e cobalto veriam aumentos de demanda de 49, 17 e seis vezes, especificamente.
Ou seja, em breve, a demanda por energia limpa não será acompanhada pelo ritmo de produção dos materiais que viabilizam a construção dos equipamentos.
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Pesquisadores propõem mudanças
- Pensando nisso, os pesquisadores propuseram incorporar equações que levassem em conta a disponibilidade de materiais, o que tornaria mais realistas essas previsões positivas a favor da energia limpa;
- Propõem também aumentar a capacidade de reciclagem de materiais e reduzir a dependência de matérias-primas;
- Como resultado, o estudo muda o paradigma positivo da energia limpa e pode provocar questões nos próximos acordos internacionais.
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