Estrelas mais comuns da Via Láctea são menos favoráveis à vida

agosto 7, 2024
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Estrelas mais comuns da Via Láctea são menos favoráveis à vida


As estrelas anãs vermelhas, que são as mais comuns na Via Láctea, podem ser ainda menos favoráveis ​​à vida do que os cientistas acreditavam. Nova pesquisa, publicada segunda-feira (5) na revista Avisos mensais da Royal Astronomical Societyrevela que estas estrelas, mais pequenas e menos massivas que o Sol, podem emitir intensas rajadas de radiação ultravioleta (UV) que afetam significativamente a habitabilidade dos planetas que as orbitam.

A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas que analisou dados da missão Galaxy Evolution Explorer (GALEX), telescópio espacial lançado pela NASA em 2003 e desativado em 2013. O GALEX foi projetado para observar o Universo em luz ultravioleta e monitorou cerca de 300 mil estrelas próximas enquanto estava operacional.

Segundo os investigadores, estas explosões de radiação ultravioleta são mais comuns do que se pensava anteriormente. “Acreditava-se que poucas estrelas eram capazes de gerar radiação UV suficiente em explosões para afetar a habitabilidade dos planetas. Nossas descobertas mostram que muito mais estrelas podem ter essa capacidade”, disse Vera Berger, pesquisadora da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e líder da equipe, em comunicado. declaração.

A ilustração mostra um planeta orbitando uma violenta estrela anã vermelha tendo sua atmosfera (e habitabilidade) destruída. Crédito: Robert Lea (criado com Canva) / NASA

Usando técnicas modernas de processamento de dados, a equipe conseguiu extrair novos insights dos arquivos GALEX sobre estrelas anãs vermelhas. “Combinar o poder dos computadores modernos com décadas de observações permitiu-nos identificar erupções em milhares de estrelas próximas”, disse o co-autor do estudo Michael Tucker, da Universidade Estatal de Ohio, nos EUA.

A radiação UV emitida pelas estrelas anãs vermelhas impede o desenvolvimento da vida

Segundo a equipe, a radiação ultravioleta emitida por essas estrelas pode ser altamente prejudicial à vida, pois pode destruir a atmosfera de um planeta e perturbar moléculas complexas, essenciais para a biologia.

Esta nova investigação questiona os modelos atuais de habitabilidade de exoplanetas, sugerindo que o risco representado pelas explosões estelares foi subestimado. Os cientistas descobriram que as emissões UV das erupções podem ser três a 12 vezes mais intensas do que o previsto.

Representação artística do Galaxy Evolution Explorer, lançado em 28 de abril de 2003 pela NASA para estudar a forma, o brilho, o tamanho e a distância das galáxias ao longo de 10 bilhões de anos de história cósmica. Crédito: NASA/JPL-Caltech

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Para ilustrar a magnitude destas explosões, Benjamin J. Shappee, da Universidade do Havai, comparou a diferença na radiação UV entre Anchorage, no Alasca, e Honolulu, onde a pele exposta pode sofrer queimaduras solares em apenas 10 minutos.

Jason Hinkle, outro membro da equipe e doutorando na Universidade do Havaí, destacou que o estudo mudou a percepção dos ambientes ao redor dessas estrelas menos massivas, que emitem pouca luz UV fora das explosões.

Embora os cientistas ainda não saibam o que causa estas emissões intensas, eles acreditam que podem estar relacionadas com comprimentos de onda específicos, possivelmente indicando a presença de átomos como carbono e nitrogénio. A equipe concluiu que são necessários mais dados de telescópios espaciais para identificar a origem dessas emissões UV.





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