Ondulações no manto da Terra influem no relevo dos continentes

agosto 8, 2024
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Ondulações no manto da Terra influem no relevo dos continentes


Matéria publicada quarta-feira (7) na revista Natureza diz que os altos planaltos que se elevam no interior dos continentes são formados devido a processos que ocorrem no interior da Terra, a centenas de quilômetros de profundidade.

Segundo a investigação, à medida que os continentes se separam, imensas paredes de penhascos aparecem em áreas onde a crosta terrestre se separa. Essa ruptura provoca movimento na camada intermediária da Terra, o manto, que lentamente empurra material para o interior dos continentes ao longo de milhões de anos, contribuindo para a formação de planaltos elevados.

Já é do conhecimento comum entre os geólogos que a fragmentação dos continentes está relacionada com a formação de enormes falésias, como as que separam o Vale do Rift, na África Oriental, do planalto etíope. Estas escarpas, que podem estender-se por centenas de quilómetros, muitas vezes margeiam altos planaltos que emergem dos crátons, os antigos e estáveis ​​núcleos dos continentes.

No entanto, como essas escarpas e planaltos se formam ao longo de períodos que podem variar de dezenas de milhões a até 100 milhões de anos, muitos cientistas acreditavam que diferentes processos estavam por trás dessas formações, como explica Thomas Gernon, geocientista da Universidade de Southampton, nos Estados Unidos. Reino, para o site Ciência Viva.

Cumes de arenito do Monte Roraima, formação influenciada por ondulações no manto terrestre, segundo estudo. Crédito: Caio Pederneiras – Shutterstock

Equipe analisou escarpas costeiras do último supercontinente da Terra

No novo estudo, Gernon e a sua equipa analisaram três escarpas costeiras que surgiram durante a dissolução de Gondwana, o último supercontinente da Terra. A primeira, na Índia, estende-se ao longo dos Gates Ocidentais por cerca de 2.000 quilómetros. A segunda, no Brasil, circunda o planalto das Terras Altas por cerca de 3 mil quilômetros. A terceira, na África do Sul, contorna as Terras Altas Centrais, com impressionantes 6.000 quilómetros de extensão. Nessas regiões, os planaltos podem atingir alturas superiores a um quilômetro.

Gráficos de simulação mostrando diferentes estágios na evolução do modelo, desde 30 milhões de anos antes da dissolução (a) até 50 milhões de anos após a dissolução (e). Crédito: Gernon, TM, Hincks, TK, Brune, S. et al.

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Os pesquisadores utilizaram mapas topográficos para mostrar que essas escarpas estão alinhadas com os limites continentais, sugerindo que foram formadas pelo processo de separação continental. Simulações computacionais indicaram que essa separação rompe o manto, gerando ondas profundas que se movem em direção ao interior dos continentes.

Além disso, a equipa analisou dados minerais e descobriu que a elevação dos planaltos coincidiu com a migração das ondas no manto, indicando que ambos os processos são desencadeados pela ruptura dos continentes.

O movimento do manto, embora lento, com uma progressão de apenas 15 a 20 quilómetros a cada milhão de anos, foi suficiente para remodelar drasticamente a paisagem. À medida que essas ondas avançam, enfraquecem as raízes que ancoram os continentes, tornando os crátons mais leves e flutuantes, o que leva à elevação dos planaltos.

Este processo pode explicar a formação de outras escarpas e planaltos ao redor do mundo, como na Carolina do Norte e do Sul, nos EUA ou no sul dos Camarões. Estes locais, embora menos dramáticos, possivelmente sofreram processos semelhantes, mas em épocas anteriores, o que permitiu que a erosão apagasse muitos dos vestígios da elevação original.





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