Mar pode guardar neutrino mais energético já detectado

agosto 9, 2024
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Mar pode guardar neutrino mais energético já detectado


Neutrinos de alta energia estão sendo investigados pelo Cubic Kilometer Neutrino Telescope (KM3NeT), ainda em construção, com o objetivo de desvendar as suas origens astrofísicas. Utilizando o oceano como uma espécie de detector, o equipamento explora um fenômeno interessante que ocorre quando partículas subatômicas viajam mais rápido que a luz ao passar por determinados meios, como a água.

A velocidade da luz no vácuo – cerca de 300 mil km/s – é o limite absoluto da velocidade do Universo, segundo a teoria de Einstein. Porém, ao passar por meios como a água, essa velocidade diminui para aproximadamente 200.000 km/s. Quando as partículas subatômicas conseguem superar essa velocidade reduzida, ocorre um fenômeno conhecido como “efeito Cherenkov”.

Representação artística do KM3NeT. Crédito: Edward Berbee, Nikhef/KM3NeT

Este efeito foi descoberto em 1934 pelo físico soviético Pavel Cherenkov, quando observou a luz azul emitida por água bombardeada com radiação. Esta luz, chamada radiação Cherenkov, é gerada quando partículas carregadas se movem mais rápido que a luz na água, produzindo um efeito semelhante ao estrondo causado por aviões que excedem a velocidade do som. Em reconhecimento a esta descoberta, Cherenkov, juntamente com Il’ja Mikhailovich Frank e Igor Yevgenyevich Tamm, receberam o Prêmio Nobel de Física em 1958.

Detalhes sobre o neutrino mais energético já observado permanecem secretos

A missão do KM3NeT é detectar a luz Cherenkov gerada pelas interações de neutrinos no oceano. O observatório ARCA (sigla em inglês para Astroparticle Research with Cosmic Abyss), que compõe a maior parte do telescópio, possui detectores submersos em cordas que chegam a 3,5 mil metros de profundidade no Mar Mediterrâneo. Esses dispositivos são essenciais para eliminar interferências, como o decaimento do potássio 40, permitindo a identificação de sinais relevantes.

Recentemente, um evento registrado pela ARCA foi descrito como “fantástico” pelo físico belga Francis Halzen, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, em comunicado ao Notícias da natureza.

Detectores no fundo do Mar Mediterrâneo procuram a luz Cherenkov, que também pode ser produzida em reatores, como na imagem acima. Crédito: Don McCullough/Flickr (CC BY-NC 2.0) Crédito da imagem: Don McCullough/Flickr (CC BY-NC 2.0)

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Durante a conferência Neutrino 2024 realizada em Milão, o físico João Coelho, da Universidade de Lisboa, em Portugal, mencionou que este evento se destacou significativamente, mas as informações sobre a sua localização e o momento da detecção foram mantidas confidenciais. Isto evita que outras equipes consigam rastrear a fonte cosmológica antes que a análise seja concluída.

Agora, a comunidade científica aguarda ansiosamente por mais detalhes sobre esta descoberta que promete ser revolucionária.





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