EUA monitoram restos de foguete da China que explodiu em órbita

agosto 12, 2024
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EUA monitoram restos de foguete da China que explodiu em órbita


Um foguete usado pela China para lançar os primeiros 18 satélites de uma megaconstelação planejada acabou criando uma situação complicada ao explodir recentemente na órbita baixa da Terra, conforme relatado pelo Olhar Digital.

O lançamento daria início ao projeto Qianfan, que visa colocar 14 mil satélites em órbita para formar uma rede global de Internet semelhante ao Starlink da SpaceX.

Lançamento do foguete Longa Marcha 6A em 6 de agosto de 2024, que explodiu na órbita baixa da Terra. Crédito: Xinhua

Quando o estágio superior do foguete Longa Marcha 6A explodiu ao se desintegrar em órbita, uma nuvem de destroços se espalhou pelo planeta. Mais de 300 fragmentos grandes o suficiente para serem rastreados foram gerados, de acordo com uma postagem do Comando Espacial dos EUA no X (antigo Twitter).

Embora estes fragmentos não sejam uma ameaça imediata para a Terra, representam um risco crescente para as operações espaciais. A Força Espacial dos EUA está monitorando esses detritos, que podem causar danos a satélites e outras espaçonaves.

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Além dos pedaços maiores que são rastreados, há também a preocupação com fragmentos menores que não podem ser facilmente detectados. Estes pequenos detritos podem representar um perigo significativo, pois mesmo objetos minúsculos, com apenas alguns milímetros de tamanho, podem causar danos graves a naves espaciais de alta velocidade.

De acordo com a NASAdetritos maiores que 10 cm são monitorados rotineiramente, enquanto objetos menores, como aqueles com cerca de 3 mm, só podem ser detectados por radares mais avançados.

Detritos espaciais gerados pela falha do foguete chinês Longa Marcha 6A. Crédito: Reprodução/Slingshot Aerospace

A crescente quantidade de detritos na órbita da Terra é motivo de grande preocupação. Um dos maiores temores dos especialistas é o chamado “Efeito Kessler”. Esta teoria sugere que uma única colisão no espaço pode desencadear uma reação em cadeia, onde os detritos de um incidente começam a colidir com outros objetos, criando mais fragmentos e potencialmente destruindo mais satélites. Num cenário extremo, isto poderia tornar certas áreas do espaço intransitáveis, limitando severamente futuras missões espaciais.

Para enfrentar este problema, agências espaciais de todo o mundo procuram soluções. O Japão, por exemplo, está desenvolvendo uma missão ativa de remoção de detritos, com o objetivo de criar uma espaçonave que possa rastrear e remover fragmentos perigosos da órbita.

Com ocorrências como o recente acidente do foguete chinês, é claro que precisamos de agir rapidamente para evitar que a órbita da Terra se transforme num perigoso campo minado espacial, o que poderia ameaçar o futuro da exploração espacial e a nossa dependência da tecnologia de satélites.





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