Coral com mais de 600 anos pode revelar o passado do Oceano Pacífico

agosto 18, 2024
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Coral com mais de 600 anos pode revelar o passado do Oceano Pacífico


Nas últimas décadas, conseguimos medir com precisão as mudanças de temperatura nos oceanos do mundo. Mas como sabemos como eram há centenas de anos? Bom, uma forma de fazer isso é analisando estruturas daquela época, principalmente seres vivos, mas poucos estão aqui para contar histórias. É por isso que este coral de 600 anos encontrado em Fiji pode ser tão importante.

Pesquisas recentes indicam que o Oceano Pacífico tem aquecido consideravelmente nos últimos séculos, o que foi acentuado pelas alterações climáticas. Mas entender a variação da temperatura ao longo dos anos é essencial para tentar prever o que pode acontecer no futuro.

Sabemos, por exemplo, que houve anos (e até décadas) mais frios, mas quais foram exatamente esses períodos? Isto é o que uma pesquisa publicada recentemente em Avanços da Ciência quero responder. O estudo analisa um único exemplar do coral Diploastrea helioporatambém conhecido como “coral favo de mel”. O espécime foi descoberto em 1998 e uma amostra foi retirada dele.

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Os pesquisadores então utilizaram a amostra e compararam com outros registros de corais encontrados em Fiji para criar uma cronologia do que aconteceu com as águas da região no período pré-década de 1990, já que a partir deste período temos registros precisos das águas de a localização.

Com isso, a pesquisa conseguiu criar um registro que vai dos anos de 1370 a 1997, abrangendo 627 anos de história. Este é o registro de temperatura mais longo já registrado em qualquer lugar do mundo no Oceano Pacífico.

O branqueamento dos corais coloca em risco a saúde do ecossistema. Crédito: Jennifer Lorena Varner – Shutterstock

Coral gigante no Oceano Pacífico

Este tipo de coral gigante vive centenas de anos. Segundo a pesquisa, ele “forma continuamente um esqueleto de carbonato de cálcio que se acumula em camadas sobre o esqueleto antigo”. Como resultado, as camadas mais jovens ficam do lado de fora e o esqueleto antigo fica para trás, criando um rastro de história.

São estes esqueletos de corais que revelam o passado do oceano. A pesquisa analisou estrôncio e cálcio, dois dos elementos encontrados nesses modelos, que indicam as condições da água do mar no momento em que o coral “ocupava” esses esqueletos.

Aquecimento dos oceanos nos últimos anos

Entre os dados revelados está que, por exemplo, houve um período muito quente entre 1370 e 1553. Outros períodos foram mais frios. Ao comparar os dados do esqueleto com os dados atuais, os pesquisadores podem compreender a cronologia do oceano

“Quando fazemos isto, descobrimos que o aquecimento global do Pacífico ao longo do último século, em grande parte atribuído ao aquecimento global causado pelo homem, marca um afastamento significativo da variabilidade natural registada nos séculos anteriores”, afirma Juan Pablo D’Olivo, investigador sénior. Fellow, Instituto de Ciências Marinhas e Limnologia, Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) em A conversa.

A conclusão é que o oceano na região de Fiji está mais quente do que nos últimos 653 anos. Estas mudanças poderão levar a condições climáticas mais extremas, como secas prolongadas ou ciclones tropicais mais intensos, com implicações significativas para milhões de pessoas que vivem na região. O estudo mostra a importância de preservar e analisar corais desse tipo.





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