Segredo para fusão nuclear pode estar no canhão mais poderoso do mundo

A Startup First Light Fusion testou sua abordagem para iniciar e sustentar a fusão nuclear no canhão de energia mais poderoso do mundo, nos Estados Unidos. E o resultado obtido colocou a tecnológica um passo mais perto de revolucionar o setor energético.

A fusão nuclear é o processo que “energiza” as estrelas – o Sol, por exemplo (lembre-se daquela cena do Doutor Octopus em Homem-Aranha 2?). Replicá-lo na Terra poderia fornecer energia limpa quase ilimitada. Mas alcançá-lo requer temperaturas e pressões extremas. No caso da startup, seu método atingiu 1,85 terapascais de pressão, um novo recorde.

Startup usa o canhão mais poderoso do mundo para testar seu ‘gatilho’ para fusão nuclear

Existem vários métodos para replicar a fusão nuclear na Terra. A maioria depende de lasers e confinamento magnético. O First Light Fusion se distingue por buscar a fusão através do confinamento inercial – em outras palavras: disparar um projétil em alta velocidade para gerar as altas temperaturas e pressões necessárias para a fusão.

“Este método é mais simples, mais barato e mais eficiente em termos energéticos do que abordagens que requerem lasers complexos e caros, reduzindo o risco físico”, disse a empresa, de acordo com o site Notícias de recarga.

A startup disparou seu projétil de tungstênio na Máquina Z, no Laboratório Nacional Sandia, nos Estados Unidos. É uma máquina de pulso eletromagnético de 80 trilhões de watts. E o First Light Fusion disparou com uma pressão sem precedentes.

O teste realizado pela empresa, que foi a primeira privada a disparar a Máquina Z, demonstrou que o pulso pode gerar as condições extremas necessárias para a fusão nuclear. Este foi o passo dado em direção ao objetivo.

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Máquina Z e o método First Light Fusion

A Máquina Z fornece pulsos elétricos massivos a um alvo. Isso gera poderosos campos magnéticos que comprimem o material alvo a pressões e temperaturas extremas.

Enquanto a Máquina Z depende de forças eletromagnéticas, o método First Light Fusion usa projéteis físicos. Isto oferece uma forma alternativa de alcançar as condições necessárias para a fusão nuclear sem a mesma complexidade e consumo de energia.

Ao acelerar um projéctil a altas velocidades e utilizar a sua energia cinética para comprimir o alvo de fusão, o método da startup poderia oferecer um caminho mais simples e escalável para a geração de energia através da fusão nuclear.

Na prática, isso significa que o método do First Light Fusion poderia oferecer um caminho para reatores mais baratos e menos complexos. Poderia também abrir portas a outras inovações na investigação em fusão nuclear. A startup deu um passo para ter o poder do Sol na palma das mãos.