ONU alerta para “catástrofe mundial” pela elevação do Oceano

agosto 27, 2024
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ONU alerta para “catástrofe mundial” pela elevação do Oceano


O Nações Unidas (ONU) emitiu alerta nesta segunda-feira (26) informando que a rápida elevação do Oceano Pacífico está criando um cenário catastrófico. O secretário-geral da entidade, António Guterres, apelou aos líderes globais para que reduzam drasticamente as emissões de gases poluentes e eliminem a utilização de combustíveis fósseis.

“Estou em Tonga para emitir um SOS global sobre o rápido aumento do nível do mar. Uma catástrofe global está colocando em risco este paraíso do Pacífico”, disse o chefe da ONU no Twitter.

“Esta é uma situação maluca: a subida dos mares é uma crise inteiramente criada pela humanidade. Uma crise que em breve crescerá a uma escala quase inimaginável, sem um barco salva-vidas que nos leve de volta à segurança”, acrescentou Guterres num comunicado. pronunciamento. O chefe da ONU disse que os níveis médios globais do mar estão a aumentar a taxas sem precedentes nos últimos 3.000 anos.

A razão é clara: os gases com efeito de estufa – gerados predominantemente pela queima de combustíveis fósseis – estão a cozinhar o nosso planeta. E o mar está aguentando o calor – literalmente

António Guterres

Entenda o alerta da ONU sobre catástrofe climática

De acordo com a ONU:

  • Os mares absorveram mais de 90% do aquecimento global nas últimas cinco décadas;
  • As temperaturas mensais dos oceanos batem continuamente recordes;
  • Ao mesmo tempo, as ondas de calor marinhas tornaram-se mais intensas e duradouras, duplicando a sua frequência desde 1980;
  • Ao mesmo tempo que a subida do nível do mar está a amplificar a frequência e a gravidade das tempestades e das inundações costeiras.

A informação está presente em estudo da Organização Meteorológica Mundial ( OMM ) sobre o estado do clima no sudoeste do Pacífico, juntamente com um relatório da Equipe de Ação Climática da ONU sobre a agitação dos mares num mundo em aquecimento.

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Ilhas do Oceano Pacífico são as mais vulneráveis, segundo a ONU

A ONU alerta principalmente para a situação nas ilhas do Oceano Pacífico, que são mais vulneráveis ​​à subida do nível do mar. Segundo a entidade, nestes locais a altitude média é de apenas um a dois metros acima do nível do mar, cerca de 90% das pessoas vivem a cinco quilómetros da costa e metade de todas as infra-estruturas está a 500 metros do mar.

Oceanos quebram recorde de temperatura em novembro (Crédito: Evannovostro/Shutterstock)

Os relatórios mostram que a taxa média de subida do nível do mar mais do que duplicou desde a década de 1990. “Sem cortes drásticos nas emissões, as ilhas do Pacífico podem esperar pelo menos 15 centímetros de aumento adicional do nível do mar até meados do século, e mais de 30 dias por ano de inundações costeiras em alguns locais”, disse Guterres.

Os resultados dos estudos revelam ainda que um aumento da temperatura global de 2°C em relação aos níveis do período pré-industrial poderia levar ao colapso das camadas de gelo dos pólos, o que poderia condenar o futuro da humanidade, com o mar subiu até 20 metros ao longo de milénios.

O que podemos fazer para evitar uma catástrofe climática?

A ONU é muito enfática sobre os riscos que corremos se a humanidade não mudar a forma como lida com o meio ambiente. Mas apesar do pouco tempo, a entidade afirma que ainda há como evitar um colapso global devido ao nível dos oceanos.

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Trabalhadores constroem barreiras para combater a erosão marinha ao longo da costa de Tuvalu (Imagem: UNICEF/Lasse Bak Mejlvang)

Segundo Guterres, é necessário “reduzir as emissões globais em 43% em comparação com os níveis de 2019 até 2030, e 60% até 2035”. Ele apelou aos governos para que apresentassem novos planos nacionais de acção climática, conhecidos como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), até 2025, conforme prometido na conferência climática COP28 da ONU, no Dubai, no ano passado.

Além disso, o mundo deve preparar-se para eliminar a utilização de combustíveis fósseis, além de acabar com a desflorestação. O chefe da ONU disse que, apesar de estarem longe de serem os maiores poluidores, alguns países, como as ilhas do Pacífico, são os mais vulneráveis ​​e é necessário criar um plano de ajuda para estes locais. “O mundo deve aumentar enormemente o financiamento e o apoio aos países vulneráveis. Precisamos de um aumento de fundos para fazer face à agitação dos mares”, concluiu o secretário-geral.





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