Desertificação do nordeste avança, mas há uma esperança

agosto 28, 2024
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Desertificação do nordeste avança, mas há uma esperança


Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que a degradação causada pelo processo de desertificação na Caatinga reduziu em mais de 50% a funcionalidade do solo da região. Porém, apresentou resultados positivos nas áreas recuperadas.

A ação humana é responsável pelo avanço da degradação

  • Durante o trabalho, foram analisadas 54 amostras de solo obtidas nos períodos seco e chuvoso, em três diferentes territórios do Centro de Desertificação de Irauçuba, no norte do Ceará.
  • Cada uma dessas localidades possui áreas de vegetação nativa, degradada e restaurada.
  • A redução da funcionalidade do solo foi calculada através de diversas análises físicas, biológicas e químicas em áreas degradadas pela ação antrópica.
  • Visualmente foi possível identificar um solo bastante comprometido, principalmente pela compactação causada pelo pisoteio de animais.
  • Segundo os pesquisadores, isso reduz a porosidade, evitando a infiltração de água e, consequentemente, acaba acelerando o processo de erosão do solo.
  • Os resultados foram descritos em um estudo publicado na revista Ecologia Aplicada do Solo.
Processo de desertificação da Caatinga avança (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Solo foi quase totalmente recuperado em áreas restauradas

Ainda segundo o estudo, do ponto de vista biológico, os indicadores de composição microbiana, teor de carbono e atividade enzimática foram favoráveis ​​ao crescimento da vegetação e ao sequestro de carbono. Contudo, foi identificada uma pequena variação nesses indicadores.

A boa notícia, por sua vez, veio da análise das áreas restauradas. Nesses locais, os pesquisadores constataram que, ao impedir a ação antrópica, é possível atingir níveis físicos, químicos e biológicos próximos à composição original do solo.

Solo e vegetação mostraram sinais de recuperação em algumas áreas (Imagem: Helissa Grundemann/Shutterstock)

As áreas restauradas são campos que foram totalmente cercados há mais de duas décadas para impedir a ação humana e a circulação de animais. Nestes pontos não foram plantadas espécies, pois a proposta era verificar como e se a vegetação conseguiria se regenerar naturalmente sem essas interferências.

Os pesquisadores destacam que os resultados das análises nessas áreas, em todos os aspectos, ficaram muito próximos do observado em áreas de vegetação nativa. Assim, ao longo de duas décadas, foi possível recuperar a saúde do solo, o que também poderá ser promissor para o sequestro de carbono, uma vez que estas terras registaram valores mais elevados de stocks de carbono total e microbiano.





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