Os astrônomos descobriram uma característica surpreendente no Cinturão de Kuiper, uma vasta região de rochas geladas localizada além da órbita de Netuno, no Sistema Solar exterior.
Conhecidos como KBOs (sigla para “Objetos do Cinturão de Kuiper”), os corpos celestes nesta área mostraram um aumento inesperado na densidade entre 70 e 90 unidades astronômicas (UA) de distância do Sol, sugerindo a existência de duas populações distintas de KBOs separados por uma lacuna praticamente vazia. [Cada UA corresponde a cerca de 150 milhões de km].
Esta possível duplicidade na Cintura de Kuiper, se confirmada, poderá ser uma descoberta significativa, alterando a nossa compreensão da nebulosa solar primordial, da qual surgiram o Sol e os planetas.
A pesquisa foi liderada pelo cientista planetário Fumi Yoshida, da Universidade de Ciências Ocupacionais e de Saúde Ambiental e do Instituto de Tecnologia de Chiba, no Japão, que disse em um declaração que esta descoberta indicaria que a nebulosa solar era muito maior do que se imaginava anteriormente, impactando o estudo da formação planetária no Sistema Solar.
O Cinturão de Kuiper se estende desde a órbita de Netuno, a cerca de 30 UA do Sol, até aproximadamente 50 UA. A grande distância do Sol faz com que os KBOs permaneçam praticamente inalterados desde a formação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 mil milhões de anos, tornando-os remanescentes primordiais da nebulosa solar.

Pesquisa revela surpresa com os limites do Sistema Solar
A sonda New Horizons da NASA, que passou por Plutão em 2015, continua a sua exploração do Sistema Solar exterior, atualmente a quase 60 UA do Sol. Para apoiar esta missão, os astrónomos na Terra têm conduzido observações com o Telescópio Subaru no Havai.
Estas observações resultaram na identificação de 263 novos KBOs, dos quais 11 foram encontrados muito além da fronteira anteriormente conhecida do Cinturão de Kuiper, numa região além de 70 UA.
Liderada por Wesley Fraser, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, a equipe extrapolou a densidade dessa nova região, que, apesar de menor que a população dentro do Cinturão de Kuiper, é alta o suficiente para constituir uma nova estrutura. Contudo, entre 55 e 70 UA, quase nada foi encontrado, criando uma lacuna semelhante à observada em outros sistemas planetários.
Fraser sugere que esta descoberta pode indicar que o Cinturão de Kuiper do Sistema Solar não é tão pequeno e incomum como se pensava anteriormente em comparação com outros sistemas planetários. As observações continuam, com o objetivo de rastrear as órbitas dos 11 objetos distantes e aprofundar a compreensão desta estrutura.
Aceito para publicação pela revista O Jornal de Ciência Planetária e disponível no repositório online arXivesta pesquisa se destaca como uma inovação na astronomia, revelando algo até então desconhecido e impressionante nos limites do Sistema Solar.
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