Asteroide “potencialmente perigoso” vai passar perto da Terra

setembro 12, 2024
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Asteroide “potencialmente perigoso” vai passar perto da Terra


Na próxima terça-feira (17), um asteroide “potencialmente perigoso” do tamanho de um arranha-céu deverá passar perto da Terra, segundo Informação da NASA.

O objeto espacial se chama 2024 ON, tem diâmetro estimado entre 220 me 480 m e passará pelo nosso planeta a 31.933 km/h, cerca de 26 vezes a velocidade do som.

A agência espacial norte-americana estima que, na sua distância mais próxima da Terra, atingirá cerca de um milhão de quilómetros, o equivalente a 2,6 vezes a distância média entre o nosso planeta e a Lua.

Cosmicamente falando, é uma distância incrivelmente estreita, mas ainda é longe o suficiente para que não devamos nos preocupar com um impacto mortal.

Asteróide não deve atingir a Terra (Imagem: Lukasz Pawel Szczepanski/Shutterstock)

Leia mais:

Se isso não nos afetará, por que o asteroide é “potencialmente perigoso”?

  • A NASA entende que qualquer objeto espacial que esteja a 193 milhões de quilômetros da Terra é um “objeto próximo à Terra”;
  • A agência também classifica qualquer objeto grande num raio de 7,5 milhões de quilómetros daqui como “potencialmente perigoso”;
  • As localizações e órbitas de cerca de 28.000 asteróides são rastreadas pelo Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteróides (ATLAS);
  • O ATLAS é composto por quatro telescópios que, a cada 24 horas, examinam o céu noturno;
  • Todos esses objetos espaciais já têm suas respectivas órbitas traçadas além deste século;
  • Enquanto isso, a NASA garantias que não teremos colisões apocalípticas por pelo menos 100 anos.

No caso de 2024 ON, se atingisse o nosso planeta, não seria devastador, como o asteroide que matou os dinossauros (aquele tinha incríveis 12 km de diâmetro) há 66 milhões de anos.

No entanto, causaria efeitos dramáticos no planeta. Um exemplo levantado por Ciência Viva é a explosão, em 2013, de um meteoro de 18 m de largura sobre a cidade de Chelyabinsk (Rússia).

A explosão foi equivalente a 400 e 500 quilotons de TNT, ou 26 a 33 vezes a energia liberada pela bomba que caiu sobre Hiroshima (Japão), ferindo 1.500 pessoas.

Se quiser acompanhar o curso ON 2024 na terça (17), você pode acompanhar o transmissão ao vivo do Projeto Telescópio Virtual, a partir das 16h30 (horário de Brasília).

    gráfico mostrando a órbita do asteróide 2024 ON (elipse branca) em comparação com os planetas do sistema solar
Gráfico mostrando a órbita do asteroide 2024 ON (elipse branca) em comparação com os planetas do Sistema Solar (Imagem: NASA/JPL)

Dificuldades em prever a trajetória dos asteroides

Estudar as trajetórias dos asteroides é mais difícil do que se imagina por causa do efeito Yarkovsky. Como você pode imaginar, o efeito leva o nome do engenheiro do século XIX que o propôs pela primeira vez.

Neste caso, este efeito significa que, durante longos períodos, as rochas espaciais absorvem e emitem luz portadora de momento suficiente para fazer uma mudança subtil nas suas órbitas. Portanto, quantificar o efeito Yarkovsky é vital para prever quais asteróides são uma ameaça.

Várias agências estão procurando uma maneira de desviar um asteroide potencialmente perigoso em nossa direção. Um exemplo recente foi a missão DART da NASA, que, em 26 de setembro de 2022, desviou com sucesso um “asteróide de teste”, Dimorphos.

A China também relatou estar nos estágios iniciais de planejamento de uma missão semelhante. A expectativa deles é lançar 23 foguetes Longa Marcha 5 no asteroide Bennu. Ele oscilará 7,4 milhões de quilômetros da órbita da Terra entre os anos de 2175 e 2199.





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