Durante muito tempo, há milhares de anos, os antigos cientistas acreditaram que o planeta Terra estava localizado em uma região especial do universo, podendo até ser o centro de tudo.
Hoje em dia, a ciência e a tecnologia avançaram, permitindo-nos saber que não somos tão especiais em nenhum lugar. Sabemos que o planeta, a vida e tudo o que conhecemos surgiram de diversas coincidências e acasos.
No entanto, surgiu uma nova hipótese, chamada Terra Rara. Isso sugere que nosso planeta é mais incomum do que parece. Saiba mais abaixo!
A hipótese das terras raras
Se planetas como a Terra não são tão especiais e o universo é amplo, em teoria deveriam existir extraterrestres. Mas então, onde estão todos eles? A resposta para isso pode ser a hipótese das Terras Raras.
A ideia sugere que um corpo celeste com características como as do nosso planeta é algo muito mais difícil de encontrar do que se imagina. Isto justificaria porque, até agora, nenhuma missão científica encontrou provas concretas de vida extraterrestre noutros planetas e exoplanetas.
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Segundo a hipótese, tudo está muito quieto no cosmos, e só existe uma região com vida ativa no universo: a Terra. Surgiu em meados dos anos 2000, quando o paleontólogo Peter Ward e o astrônomo Donald Brownlee publicaram o livro Rare Earth: Why Complex Life is Uncommon in the Universe, descrevendo a ideia que considera nosso planeta excepcional.
Para desenvolver essa hipótese, os cientistas defendem que o planeta possui características específicas e que, consequentemente, advêm de outras características específicas do Sistema Solar.
Segundo eles, foram necessárias diversas condições únicas para o desenvolvimento da vida na Terra, o que pode ser “comprovado” pela ausência de outros planetas com características semelhantes às nossas.
No livro, não há afirmação de que a Terra seja especial ou o centro do universo, mas que, através de diversas coincidências na formação do cosmos, o planeta desenvolveu atributos únicos que possibilitaram a formação de vida biológica complexa.
A lista de particularidades citadas pelos autores no livro inclui: inclinação planetária ideal para permitir mudanças leves nas estações, e não severas; lua com tamanho adequado para estabilizar o eixo do planeta; presença de placas tectônicas; núcleo fundido que gera o campo magnético que nos protege da radiação solar, entre outros.
A Terra é realmente rara?
Aparentemente, nosso planeta parece ser um corpo celeste raro, mas talvez não tão raro quanto descrito pelos pesquisadores no livro. Comparado ao número atual, quando a publicação foi lançada, na década de 2000, a NASA havia descoberto poucos exoplanetas: apenas 11 haviam sido detectados.
Atualmente, mais de 5.743 foram confirmados na Via Láctea, porém, há mais de 10 mil em análise para que os cientistas entendam se possuem as qualidades necessárias para um exoplaneta.
Existem estudos que sugerem a existência de bilhões de planetas na Via Láctea, e só encontramos alguns deles. Hoje em dia, muitos cientistas acreditam que é possível que existam corpos celestes com atributos semelhantes aos da Terra. Existem até estudos sobre planetas que apresentam alto potencial de similaridade, como os exoplanetas TOI 700 e Gliese 12b.
De modo geral, pode ser que planetas como o nosso não sejam tão raros quanto pensávamos, porém, as missões espaciais ainda não conseguiram encontrar nenhum que tenha os mesmos aspectos da Terra. Por enquanto, nosso planeta é único, mas em breve poderemos encontrar um corpo celeste muito semelhante.
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