Uma nova pesquisa revelou que uma espécie de lagarto semi-aquático desenvolveu uma estratégia curiosa para respirar debaixo d’água. Esses animais formam uma bolha de ar nas narinas, o que lhes permite permanecer submersos por mais tempo, fugindo de predadores.
A descoberta foi feita pela professora assistente de Ciências Biológicas da Universidade de Binghamton, em Nova York, Lindsey Swierk, que estuda Anolis aquático nas florestas tropicais do sul da Costa Rica.
Swierk observou que esses lagartos, quando ameaçados, mergulham e formam uma bolha de ar sobre a cabeça para respirar. No entanto, não ficou claro se esta bolha tinha um papel funcional ou se era um simples efeito colateral das propriedades da pele do animal.
Bolha de ar permite que lagarto fique submerso por mais tempo
Para esclarecer essa questão, o pesquisador aplicou na pele dos lagartos uma substância que evitou a formação de bolhas, possibilitando comparar o tempo de submersão com e sem esse recurso.
Os testes revelaram que os lagartos do grupo controle, que conseguiram manter as bolhas, permaneceram submersos 32% mais tempo do que aqueles cuja formação de bolhas foi bloqueada. Segundo Swierk, este é o primeiro experimento a provar que as bolhas desempenham um papel adaptativo significativo, ajudando os lagartos a prolongar sua permanência debaixo d’água e, assim, escapar de ataques predatórios.
Os anoles aquáticos são presas comuns de pássaros e cobras, mas ao mergulhar e se esconder debaixo d’água eles conseguem evitar muitos desses predadores. Além de permanecerem camuflados, esses lagartos permanecem imóveis até que o perigo passe, conseguindo, em alguns casos, permanecer submersos por até 20 minutos.
A pesquisa busca agora entender se os lagartos utilizam a bolha de ar como uma “brânquia física”, fenômeno observado em insetos aquáticos que permite a absorção de oxigênio diretamente da água para a bolha. Alexandra Martin, estudante de pós-graduação de Swierk, está conduzindo experimentos para determinar se algo semelhante ocorre em anoles aquáticos.
Swierk vê grande potencial nesta linha de pesquisa, já que o uso de bolhas por vertebrados ainda é pouco estudado e pode inspirar o desenvolvimento de novas tecnologias. “Já ouvi pessoas conversando comigo sobre o quanto elas adoram mergulho e snorkeling e como estão interessadas em saber como os animais podem fazer a mesma coisa”, disse ela em um declaração. “Portanto, há uma enorme oportunidade para deixar as pessoas entusiasmadas com a ciência, tendo essa ligação entre o que gostam de fazer e o que evoluiu na natureza. Mesmo com animais que parecem comuns, você está sempre encontrando coisas novas.”
A pesquisa foi publicada na revista Cartas de Biologia, com o título “Nova adaptação de reinalação prolonga o tempo de mergulho em lagartos semi-aquáticos”.
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