Você já imaginou viver em um mundo onde existissem versões menores de grandes mamíferos, como elefantes e hipopótamos? Porque este mundo existia há cerca de 14 mil anos. E estas duas espécies viviam em Chipre, uma ilha europeia localizada na parte oriental do Mar Mediterrâneo, perto do Médio Oriente.
Os pequenos hipopótamos eram do tamanho de um javali e pesavam cerca de 130 quilos. Os elefantes anões eram tão altos quanto cavalos e pesavam 500 quilos, muito menos que as 4 toneladas que o elefante asiático atinge atualmente.
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Segundo os cientistas, as duas espécies eram extremamente pacíficas e não tinham grandes predadores naturais na região. Esses animais, porém, foram extintos há mais de 12 mil anos.
Os pesquisadores levantaram duas hipóteses para o desaparecimento: ou os mamíferos não resistiram às mudanças ambientais ou foram vítimas da ação humana, que criou assentamentos na ilha de Chipre há aproximadamente 14 mil anos.
Alguns especialistas afirmaram que a pequena população humana que ocupou a região naquele período não seria capaz de exterminar as duas espécies. Um novo estudo divulgado esta semanano entanto, confirma esta teoria.
A ação predatória do homem
- Os cientistas construíram modelos computacionais para simular o que teria acontecido na região.
- Eles levaram em consideração fatores como tamanho da população, longevidade, sobrevivência e fertilidade dos animais.
- Do lado dos homens, apresentaram estimativas de quantos humanos existiriam, quanto tempo levaria para processar cada carcaça e quanta energia os caçadores precisam para sobreviver.
- Trabalharam com a hipótese de que essas duas espécies serviam de alimento para os homens que chegavam à ilha.
- Segundo a máquina, uma pequena população humana, entre 3 e 7 mil pessoas, poderia facilmente ter levado primeiro os hipopótamos anões e depois os elefantes anões à extinção.
- E esse processo teria durado cerca de mil anos, exatamente o tempo mostrado pelos achados paleontológicos.
- Os cientistas dizem que este estudo mostra que mesmo pequenas populações humanas podem perturbar os ecossistemas e causar grandes extinções.
- Segundo eles, a ilha de Chipre foi apenas um exemplo – e o homem causou a extinção de diversas outras espécies ao redor do mundo e ao longo da história.
Ilhas “anãs”
Um facto interessante é que Chipre não era a única ilha mediterrânica com vida selvagem anã. Na verdade, Creta, Malta, Sicília, Sardenha e muitas outras ilhas tinham os seus próprios elefantes e hipopótamos de pequeno porte.
E eles tinham ancestrais comuns com os grandes mamíferos que conhecemos hoje. A ciência chama esse fenômeno de nanismo insular. É um processo no qual uma espécie continental que já foi grande evolui para uma espécie menor.
Isto ocorre como uma resposta evolutiva para adaptação a um novo terreno, com menos recursos e, mais importante, menos predadores. Sim, como a ilha não tinha predadores naturais para as duas espécies, elas acabaram diminuindo com o passar do tempo.
Infelizmente, este processo também tornou ambos os animais mais vulneráveis. E a chegada de um novo predador à área (neste caso, os humanos) levou a uma extinção relativamente rápida.
As informações são de Alerta científico.
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