Os astrónomos descobriram uma nova característica na distribuição dos exoplanetas que pode ajudar a compreender como estes corpos se formam perto das suas estrelas.
Uma equipa formada por cientistas da Universidade de Genebra e do grupo Planetas do Centro Nacional de Competência em Investigação (NCCR), na Suíça, em conjunto com investigadores do Centro de Astrobiologia (CAB) em Espanha, identificou a “cordilheira neptuniana”. .
Esta estrutura situa-se entre duas regiões conhecidas: o “deserto netuniano”, onde existem poucos planetas do tamanho de Neptuno, e a “savana netuniana”, onde estes planetas são abundantes, mas em órbitas mais distantes.
O chamado deserto netuniano sempre intrigou os cientistas ao apontar peculiaridades nos sistemas planetários. Em um declaraçãoVincent Bourrier, professor assistente da Universidade de Genebra e coautor do estudo, disse que a cordilheira indica uma transição entre o deserto e a savana. “Marca uma região crítica onde alguns planetas migraram para mais perto das suas estrelas, resistindo à radiação intensa.”
Mais de seis mil exoplanetas já foram descobertos
Esta descoberta, publicada esta semana na revista Astronomia e Astrofísicaajuda a esclarecer o enigma do deserto netuniano. Nesta região, planetas do tamanho de Netuno, chamados de “Netunos quentes”, estão ausentes. Isto pode ocorrer porque a radiação estelar remove suas atmosferas, encolhendo-as. Na savana netuniana mais distante, estes planetas mantêm as suas atmosferas e características físicas.
Desde a descoberta do primeiro mundo fora do Sistema Solar, na década de 1990, foram identificados mais de seis mil exoplanetas. Eles variam em tamanho, massa e distância de suas estrelas. Para facilitar a compreensão, eles são classificados em grupos, como “super-Júpiteres” (maiores que Júpiter) ou “super-Terras” (mais massivos que a Terra). O termo “quente” descreve planetas que orbitam muito perto de suas estrelas.
A distribuição dos exoplanetas revelou padrões curiosos. Um deles é a ausência de Netuno quente. Os cientistas acreditam que esses planetas perdem suas atmosferas ao se aproximarem de suas estrelas, deixando de ser classificados como Netuno.
Na savana netuniana, mais distantes das estrelas, os planetas mantêm as suas atmosferas. Acredita-se que estes corpos planetários migram de órbitas mais distantes para regiões mais próximas das suas estrelas, onde eventualmente perdem as suas atmosferas.

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Para compreender a origem destas regiões, a equipa de Bourrier analisou dados do telescópio espacial Kepler da NASA. Eles mapearam as áreas de deserto e savana netunianas e descobriram a cordilheira netuniana – uma região com períodos orbitais entre 3,2 e 5,7 dias terrestres que revela processos complexos de migração de planetas netunianos.
A crista sugere que algumas são puxadas para mais perto das suas estrelas através de um processo chamado “migração de alta excentricidade”. Isto permite que estes planetas resistam à radiação estelar e preservem parte das suas atmosferas.
Esses processos de migração e a fotoevaporação das atmosferas explicam a distribuição dos planetas nas regiões desérticas, savanas e cordilheiras netunianas. Para aprofundar esta investigação, a equipa utilizará o Very Large Telescope (VLT) e o espectrógrafo ESPRESSO, que permitirão uma análise detalhada da orientação dos planetas quentes de Neptuno.
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