Temperatura da Terra varia mais que o previsto em 500 mi de anos

setembro 22, 2024
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Temperatura da Terra varia mais que o previsto em 500 mi de anos


Uma pesquisa conduzida pela Universidade do Arizona e pelo Instituto Smithsonian nos EUA trouxe à luz a imagem mais detalhada já obtida das mudanças na temperatura da Terra em quase meio bilhão de anos.

Publicado sexta-feira (20) na revista Ciênciao estudo revela que, ao longo do período geológico Fanerozóico, o nosso planeta enfrentou flutuações de temperatura mais intensas do que se acreditava anteriormente.

Incluindo grandes acontecimentos como as extinções em massa e a diversificação da vida, este período, que ainda perdura, realça a forte correlação entre as variações de temperatura e os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Os investigadores concentraram a sua análise nos últimos 485 milhões de anos, uma vez que os dados geológicos de períodos anteriores são escassos. Segundo Jessica Tierney, paleoclimatóloga da Universidade do Arizona e coautora do estudo, é difícil encontrar rochas tão antigas que preservem sinais de temperatura.

Para superar essa barreira, a equipe utilizou um método denominado assimilação de dados, que combina registros geológicos com modelos climáticos. Esta técnica, inicialmente desenvolvida para previsões meteorológicas, foi adaptada para investigar climas passados.

A pesquisa descobriu que as temperaturas globais variaram entre 11 e 36 graus Celsius nos últimos 485 milhões de anos. Crédito: Steve Allen – Shutterstock

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O CO2 é o principal controlador de temperaturas ao longo do tempo geológico da Terra

A nova curva de temperatura global criada pelo estudo revela variações entre 11 e 36 graus Celsius durante este vasto período. Segundo a pesquisa, esses picos de calor estão diretamente relacionados aos elevados níveis de CO2 na atmosfera, o que reforça a ideia de que o dióxido de carbono é o principal controlador das temperaturas ao longo do tempo geológico.

“Quando o CO2 está baixo, as temperaturas são mais frias; quando está alto, as temperaturas sobem”, disse Tierney em entrevista ao OWashington Post.

As emissões de gases com efeito de estufa provenientes das atividades humanas estão a aquecer a Terra a um ritmo alarmante. Crédito: AYDO8/Shutterstock

Em comparação com o passado, a Terra actual encontra-se numa fase relativamente fria, mas as emissões de gases com efeito de estufa resultantes das actividades humanas estão a aquecer o planeta a um ritmo sem precedentes.

As revelações sobre o passado escaldante da Terra são mais um motivo de preocupação relativamente às alterações climáticas modernas.

Emily Judd, pesquisadora da Universidade do Arizona e do Smithsonian especializada em climas antigos e principal autora do estudo.

Esta rápida mudança coloca em risco os ecossistemas e as espécies, uma vez que os seres humanos e os animais evoluíram em condições climáticas muito diferentes. Tierney alertou que o actual aquecimento está a ocorrer a uma velocidade que dificulta a adaptação das espécies. “Estamos alterando o clima de maneiras que são completamente novas para os humanos e para a vida na Terra.”





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