Cientistas descobrem o mínimo de luz necessária para fotossíntese

setembro 27, 2024
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Cientistas descobrem o mínimo de luz necessária para fotossíntese


Aprendemos nas aulas de Biologia que as plantas “se alimentam” e geram energia através de um processo chamado fotossíntese. Também aprendemos que os vegetais precisam de luz para isso.

Existem até algumas exceções. São espécies que não possuem clorofila (e portanto não são verdes e morrem rapidamente) ou mesmo alguns tipos de plantas parasitas. Mas, em geral, a regra é sempre a mesma: sem luz não há fotossíntese.

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O que os cientistas estão se perguntando agora é quanta luz uma planta precisa para sobreviver. No papel, eles até chegaram a um número, mas isso nunca aconteceu na vida real. Até agora.

Pesquisadores alemães identificaram microalgas no Oceano Ártico que realizam a fotossíntese quase no escuro. Vivem a 50 metros de profundidade, ou seja, longe da superfície e dos raios solares.

Essas microalgas vivem nas profundezas geladas do Oceano Glacial Ártico – Imagem: Incredible Arctic/Shutterstock

Um pequeno feixe de luz

  • Para medir a quantidade de luz, os cientistas levaram sensores ao local.
  • E a quantidade de luz medida assustou os pesquisadores.
  • Havia apenas 0,04 micromoles de fótons m⁻²/s⁻¹.
  • O número estava muito próximo do que as simulações computacionais já haviam mostrado (mas que ninguém ainda havia comprovado no mundo real).
  • Para se ter uma ideia, um dia ensolarado ao ar livre geralmente registra entre 1.500-2.000 micromoles de fótons m⁻²/s⁻¹.
  • Sim, é uma diferença de 0,04 para 2.000!
  • Os cientistas defendem a realização de novas pesquisas para entender se outras plantas têm as mesmas características.
  • Principalmente aqueles que servem de alimento para nós, humanos.
  • Segundo eles, este artigo pode ser um grande aliado da agricultura e da sustentabilidade.
A descoberta pode ter aplicações importantes não só na agricultura, mas também em outras áreas – Imagem: KarlosWest /Shutterstock

Como a descoberta pode ajudar a agricultura

As plantações internas são caras e consomem muita energia. E este novo estudo tem o potencial de mitigar ambos os fatores.

Se as culturas puderem ser concebidas para realizar a fotossíntese com intensidades de luz mais baixas – sem comprometer aspectos como o rendimento, o sabor ou o cheiro – a procura de energia para a iluminação artificial poderá ser reduzida.

Isto, por sua vez, reduziria os custos, um benefício que poderia ser repassado aos clientes, e também ajudaria a reduzir as emissões de carbono.

Além disso, aprender mais sobre o cultivo com pouca luz pode ser decisivo para missões espaciais de longo prazo. Ou mesmo para futuros assentamentos em outros planetas (por que não?).

Você pode ler o estudo na íntegra na revista Comunicações da Natureza.

As informações são de Ciência Viva.





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