A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ativar a bandeira tarifária vermelha nível dois (bandeira vermelha dois, abreviadamente) em outubro. Isso significa que sua conta de luz ficará ainda mais cara a partir do próximo mês.
Até setembro, a bandeira ativa era vermelha, nível um. Com a vermelha dois, a conta de energia terá cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Para se ter uma ideia: o consumo médio de uma casa brasileira (sem ar condicionado) em área urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh.
Seca e ‘risco hidrológico’ encarecem ainda mais conta de luz, diz Aneel
A Aneel levantou a bandeira vermelha devido a dois fatores, de acordo com o G1. Eles são:
- Aumento do preço governamental da energia, devido à seca;
- Risco hidrológico (quando os níveis de precipitação são baixos).
O município levantou a bandeira vermelha em setembro – a princípio foi direto para o nível dois, mas depois optou pelo nível um. Até então, a última vez que o governo levantou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, quando ocorreu uma crise hídrica.
- No mês seguinte daquele ano, o governo criou a bandeira “escassez hídrica”, que vigorou até abril de 2022. Depois, a Aneel ativou a bandeira verde, que não envolve cobrança adicional.
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Quais são as bandeiras da conta de luz no Brasil?
As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela Aneel para sinalizar aos consumidores as condições de geração de energia elétrica no país e como isso impacta no valor da conta de luz. As bandeiras são representadas por cores.
- Verde: Condições favoráveis, sem aumento de tarifa;
- Amarelo: Condições menos favoráveis, com aumento da tarifa;
- Vermelho (níveis 1 e 2): Condições mais caras, com maior aumento de tarifa (o nível 2 é o mais caro).
Nível de água nas hidrelétricas deve cair ainda mais em outubro
A seca deverá piorar em outubro. Com isso, o nível da água nas hidrelétricas deverá cair pelo sexto mês consecutivo, de acordo com o Poder360.
- Para você ter uma ideia: o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta que o volume de água armazenado deverá cair para menos de 40% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste;
- Detalhe: O subsistema em questão é o principal do Brasil porque concentra 70% dos reservatórios.
O nível de outros dois subsistemas relevantes para a geração de energia – o Sul e o Nordeste – também diminuiu. O ONS projeta que encerrarão setembro assim:
- Sul: volume de água em 50%;
- Nordeste: volume de água em 44,2%.
Quando a situação fica assim, o governo precisa agir usinas termelétricas gerar energia suficiente para a demanda do país – que tende a crescer nos períodos quentes. Porém, essas usinas, além de serem mais poluentes (porque queimam combustível), são mais caras de usar. Daí o aumento da conta de luz.
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