Nesta época do ano ocorre a chuva de meteoros Draconídeas, batizada em homenagem à constelação de Draco (ou Dragão), onde está localizado seu radiante, mais especificamente próximo à cabeça do dragão.
As chuvas de meteoros acontecem quando a Terra passa por uma nuvem de detritos deixada por cometas. No caso das Draconídeos, esses fragmentos vêm do cometa 21P/Giacobini-Zinner.
A chuva de meteoros Draconídeas tem vida curta, ficando ativa de domingo (6) a quinta (10), com pico previsto para esta terça (8), segundo guia de observação InTheSky.org. Porém, Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digitalpresidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), alerta que as expectativas de observação podem não ser atendidas.
“Ela praticamente não pode ser vista no Brasil. E mesmo que fosse, é uma chuva muito fraca. No Hemisfério Norte, onde a visualização é mais fácil, aparecem apenas um ou dois meteoros por hora. Aqui será muita sorte se alguém conseguir cadastrar”, explica Zurita.
“Mesmo nas regiões Norte e Nordeste raramente são observados meteoros dessa chuva, a não ser que, neste ano, o índice de meteoros seja maior que o normal”, acrescenta o especialista.
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Chuva de meteoros Draconídeas pode apresentar “surtos” de intensidade
Zurita diz que a astronomia classifica as Draconidas como uma chuva de meteoros “menor”, devido ao seu baixo índice de ocorrências por hora. “Sabemos que isso acontece, mas a sua intensidade é tão baixa que não justifica qualquer esforço significativo de observação.”
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil a visualização será impossível, segundo ele. “O radiante estará muito baixo no início da noite, que é o melhor momento para observar esta chuva de meteoros.”
Se, apesar dessas informações, você quiser tentar avistar uma “estrela cadente” Draconídea, procure um local com céu escuro, horizonte desobstruído e pouca poluição luminosa.
Certifique-se de que não haja fontes de luz diretas em seus olhos, permitindo que eles se adaptem ao ambiente e aumentando as chances de ver meteoros mais fracos.
Embora esta chuva de meteoros não seja muito expressiva, ela chama a atenção dos astrônomos por apresentar ocasionalmente “surtos” de maior atividade. “Para este ano, há previsão de que Dracônidas possa apresentar um surto curto entre 3h30 e 4h (horário de Brasília), o que poderia incentivar alguma observação nas regiões mais setentrionais do Brasil, mas não há muita certeza de que esse surto ocorrerá. realmente vai acontecer”, finaliza Zurita.
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